sábado, 2 de abril de 2011

The Sound... and the movies

Gente. Antes de mais nada quero me justificar por ter ficado 3 dias sem publicar novos posts. Primeiramente na quarta-feira, fomos visitar uns amigos cuja filha estava de aniversario e paralelo a isto teve jogo (show) do Internacional pela Libertadores. Na quinta-feira é o meu dia de jogar futsal,e além disso acabamos a noite jantando na casa de grandes amigos e cumpadres. E na sexta-feira era o meu aniversário, onde apesar de não fazer festa, recebi alguns bons amigos que nunca esquecem a data e aparecem para cumprimentar e nos abraçar. Então, plenamente justificado. Dito isso, vamos em frente.
Vou dividir o post de hoje em duas partes. A parte 1, chata, parte teórica necessária para o desenvolvimento do assunto, e a parte 2, a parte instrutiva para melhorar o som em nossos lares e sessões particulares de cinema.

Parte 1 (chata)
A data de 28 de dezembro de 1895 é especial no que refere ao cinema, e sua história. Neste dia, no Salão Grand Café, em Paris, os Irmãos Lumière fizeram uma apresentação pública dos produtos de seu invento ao qual chamaram Cinematógrafo. O evento causou comoção nos 30 e poucos presentes, a notícia se alastrou e, em pouco tempo, este fazer artístico conquistaria o mundo e faria nascer uma indústria multibilionária. O filme exibido foi L'Arrivée d'un Train à La Ciotat.
Mas o que chamaram de cinema, na época, era apenas uma parte de como o conhecemos hoje, eram apenas imagens em movimento, sem som algum, porém uma revolução nunca antes vista.
Desde o início, inventores e produtores tentaram casar a imagem com um som sincronizado. Mas nenhuma técnica deu certo até a década de 20. Assim sendo, durante 30 anos os filmes eram praticamente silenciosos sendo acompanhados muitas vezes de música ao vivo, outras vezes de efeitos especiais e narração e diálogos escritos presentes entre cenas.
Mas em 1927, após o desenvolvimento do Vitaphone, foi possível sincronizar som a um filme. Não era nada mais do que um disco que rodava simultaneamente aos rolos com as imagens, mas foi o pontapé inicial para termos o som de maneira definitiva no cinema. E o primeiro filme que concebeu isso foi O Cantor de Jazz (The Jazz Singer, 1927).
Durante muitos anos a evolução caminhou junto com o cinema, até que nas décadas de 80 e 90, com o surgimento do cinema doméstico, com o VHS e o Laser Disc, as exigências por mais qualidade de som, tanto no cinema quando nos lares dos amantes da sétima arte, fez com que duas grandes empresas se destacassem na área. A primeira foi a Dolby Labs que criou o padrão de compactação com pouca perca de qualidade, à qual chamou Dolby Digital (DD) que permitia que o som fosse condensado em arquivos pequenos de maneira a poder ser integrado nas mídias sem grandes perdas de qualidade. Em 1993 Steven Spilberg, por entender que os sistemas de som multi-canais da época não tinham qualidade suficiente, investiu em uma nova empresa chamada Digital Theater Systems (DTS), e no filme Jurassic Park estreou o novo formato. Temos aí as duas grande empresas que dominam o mercado.
O som é tão marcante que é impossível vermos a cena do filme Tubarão e não anteciparmos a música poderosa, ou ver o Darth Vader desembarcando em um cruzador espacial sem ouvir a marcha imperial, ou mesmo Indiana Jones em uma cena de aventura sem sua trilha sonora e como ver o Superman voando sem imaginar seus acordes? A música e os efeitos sonoros, hoje em dia,  são essenciais em um filme. Algumas trilhas sonoras você escuta na rua e logo lembra do filme, como Dirt Dancing, Mad Max II, Kill Bill, O Guarda-Costas, Robin Hood e tantas outras...

Parte 2 (instrutiva)
 Mas vamos parar um pouco da parte técnica e histórica aqui para nos dedicarmos a parte em que vamos fazer tudo isso exposto acima ter sentido para nós, usuários que queremos simplesmente apreciar um bom filme.
Bom, se já vimos alguma coisa sobre TV's de plasma e LCD, cabe ressaltar que quando se compra uma TV dessas, ela exige um sistema de som melhor. Você olha para aquela tela toda e se o som não estiver a altura de uma tela dessas, você vai sentir a diferença, sentirá que falta o som. Se não sente até hoje, é apenas porque ainda não experimentou assistir um filme com uma ótima imagem e um ótimo som. Para exemplificar, quando assistimos ao filme O Resgate do Soldado Ryan na TV, vemos um bom filme bastante barulhento em suas batalhas. Porém ao assistir o mesmo filme em um sistema multicanal, você entra na II Guerra Mundial. É possível escutar de que lado vem os tiros e onde eles acertam. Você escuta as explosões e sente a sala tremer. Quando uma bomba explode, você escuta a terra que subiu com a explosão cair de volta no chão. Quando tem chuva então, parece que você está usando um capacete de aço no meio da chuva de tão real que é o som. Ou seja, a experiência de cinema é plenamente sentida.
Bom, quando começamos a nos acostumar a assistir filmes em VHS no final da década de 80, estávamos acostumados com o som que a maioria das salas de cinema tinham a oferecer. Um som ruim e de baixa qualidade, a qual era, erroneamente, compensada com alto volume. Isso não é sinal de qualidade, mas era o que tínhamos, com exceção de poucas salas nos Estados Unidos. Aqui no Brasil, os melhores cinemas possuíam som stéreo, os demais, como o nosso aqui em Uruguaiana, possuíam sistemas de som monocanais, que funcionam reproduzindo sempre o mesmo som, não importando a quantidade e a distribuição de caixas de som pela sala. Posteriormente conhecemos o som dividido em 2 canais distintos, sendo um direito e outro esquerdo, chamado de sistema stéreo.
Se você quer melhorar o som em sua casa, esta é a primeira opção.
Saídas do aparelho

Todo aparelho de DVD Player possui mais de uma saída de som.  O mais de comum de vermos são players de DVD ligados em TV's com o cabo que vem fornecido com o aparelho. Geralmente um conjunto com um cabo de 3 pontas, sendo nas cores Amarelo, Branco e Vermelho.  O cabo amarelo é chamado de composite e é destinado a transmitir imagens. Os cabos branco e vermelho destinam-se a transmitir som stéreo, com os canais direito e esquerdo separados. Se seu aparelho de TV somente aceita entrada de som mono, um dos cabos ficará sobrando. Apesar de poder usar qualquer cor de cabo para estas funções é importante usar os cabos nas cores certas em relação aos encaixes, pois assim apresentarão melhor qualidade de sinal. Se sua TV possui entrada para estes 3 cabos, ela aceita som stéreo e você já pode usufruir da divisão de canais. Porém a TV não foi projetada para ter grande qualidade de som. Neste caso, a melhor possibilidade é ligar seu aparelho de DVD da seguinte maneira. O cabo amarelo,de vídeo na TV, e os cabos de áudio (branco e vermelho) em aparelho mini-system. Pode até ser aquele aparelho que deixou de funcionar o CD Player e você só usa para ouvir rádio. Se ele possui entrada auxiliar, que você identifica pelo botão AUX, ele possui entradas para receber estes cabos e com certeza proporcionará uma qualidade de som bastante superior a da TV pois a maioria dos filmes em DVD trazem a opção de com Dolby Digital 2.0 que é a melhor opção para um sistema montado desta forma.
Cabo composite comum

Agora, se você deseja mergulhar em alta qualidade de som, você precisa considerar a compra de um Home Theater (HT). Mas fica um aviso, isso vicia. rsrs
Com um HT temos a possibilidade de curtirmos o som Dolby Digital 5.1 ou até mesmo o som DTS 5.1 ou maiores, dependendo da escolha de equipamento. Aqui vale uma ressalva. Infelizmente, neste segmento, a qualidade vem sempre acompanhada do preço proporcional. Equipamentos baratos possuem baixa qualidade de som.
Alguns HT, aqueles mais baratos, de marcas como Goldship, Clone, C3Tech, e outras que fabricam caixinhas de som para computador devem ser evitados. Estes equipamentos em sua maioria não possuem receiver (decodificador de áudio) e apenas amplificam o mesmo som que recebem, em 1 ou 2 canais.
Os equipamentos mais simples que podemos pensar em comprar são os HT in-a-box. Os aparelhos de DVD com HT embutidos. Eles se dividem duas opções. Os mais básicos que apenas reproduzem o som Dolby Digital que é reproduzido pelo DVD e os dividem nas caixas de som e os mais sofisticados que além de fazerem esta mesma função, possuem decodificadores mais elaborados que conseguem decodificar também o som DTS, que é superior ao DD. Além de os decodificarem, costumam possuir entradas de áudio que permitem ligar a eles outros equipamentos, estes são os mais indicados. Estes devemos dar preferência aos que possuem entradas coaxial e óptica. Porém é mais fácil encontrar aparelhos com apenas uma dessas entradas, neste caso, prefira sempre com entrada óptica. Por que isso? Simples. Hoje este HT reproduz DVD, mas e quando você comprar um Blu-Ray Player, vai jogar fora e comprar outro? Ele possuindo entrada óptica, é possível ligar nele um BD Player e aproveitar o som multicanal.
Sistema com ótimo custo-benefício

Existem também os aparelhos que não possuem player de DVD embutidos. São somente compostos pelo conjunto de receiver e caixas acústicas. Estes são os ideais, porém costumam ser os mais caros. Costumamos encontrar a partir de R$ 1.300,00 até R$ 20.000,00 dependendo da qualidade de seus componentes, recursos e fidelidade de som. Costumam durar por muito tempo e aceitarem ligar, em alguns casos, dezenas de equipamentos diferentes (DVD, Blu-Ray, TV, TV a cabo, CD, e mais uma infinidade de aparelhos).
As pessoas mais abastadas costumam montar conjuntos de acordo com suas preferências, receiver de uma marca e caixas acústicas de outras marcas, gastando até mais de R$ 100.000,00 em um equipamento desses. Mas aí a brincadeira já vira sonho.
Para nós, pobre mortais, ficamos com duas opções principais:
- HT-in-a-Box de qualidade (Sony, Samsung, Philips, Panasonic, Pioneer) que possuam entradas de aúdio para outros equipamentos (entre R$ 700,00 e R$ 2.000,00); ou
- HT dedicado, apenas com receiver e caixas de som de qualidade, das marcas, Pioneer, Sony, Onkyo, Denon e Panasonic. (entre R$ 1.800,00 e R$ 5.000,00).
Resumidamente, era isso.

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