quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Quarteto (nem tão) Fantástico

Após mais de um ano, estou voltando. Não sei se para ficar ou apenas até a preguiça vencer. E como uma boa volta, que ela seja comentando um filme que assisti recentemente.

Quarteto Fantástico

Quatro adolescentes são conhecidos pela inteligência e pelas dificuldades de inserção social. Juntos, são enviados a uma missão perigosa em uma dimensão alternativa. Quando os planos falham, eles retornam à Terra com sérias alterações corporais. Munidos desses poderes especiais, eles se tornam o Senhor Fantástico (Miles Teller), a Mulher Invisível (Kate Mara), o Tocha Humana (Michael B. Jordan) e o Coisa (Jamie Bell). O grupo se une para proteger a humanidade do ataque do Doutor Destino (Toby Kebbell).

Assisti ontem ao famigerado filme novo do Quarteto Fantástico.
Deixando todos os pré-conceitos de lado, resolvi arriscar. O filme pode muito bem ser dividido em duas partes. Nos primeiros 45 minutos temos um filme de ficção muito bem desenvolvido, uma visão renovada da história inicial do Quarteto, não sei se é baseada na linha Ultimate, pois nunca li nada deles nesta linha. Estão lá todos os clichês possíveis deste tipo de filme. Ele é previsível e se desenvolve muito rápido, o que é normal para um filme de apenas 90 minutos. Apesar de clichê e previsível, o filme não é ruim. É uma abordagem inédita, até então, do Quarteto nas telas. Os efeitos até este momento são muito bons e não vi grandes problemas de roteiro, além da pressa. Sobre os atores não se pode julgá-los por um roteiro enxuto, porém não notei grandes problemas de atuação, embora sejam personagens rasos. Não me incomodei com um Tocha Humana negro. Acho inclusive que a Fox tinha grandes planos para a franquia, pois os atores são, aparentemente, muito mais jovens que os dos filmes anteriores.
Os problemas mais graves do filme começam a aparecer nos 45 minutos finais, casualmente após eles obterem os seus poderes. A partir daí o filme vira o samba do crioulo doido. Mal resolvido, acelerado, infantil e até os efeitos especiais que estavam bons deixam muito a desejar. Até o voo do Tocha Humana nos filmes anteriores e seus efeitos são muito melhores do que o mostrado neste filme. 
Eles escancaram a preguiça, ao incluir um salto temporal de 1 ano, a fim de justificar a adaptação aos poderes e tudo mais. O último ato não possui um clímax convincente e o final é totalmente sem qualquer sentido plausível.
Some a isso a falta de participação do Stan Lee (pelo menos eu não o identifiquei) e o filme despenca sobre o próprio peso, mesmo após um início promissor.
Se não era dotado de uma originalidade única, ele era diferente para um filme de super-heróis. Prometeu uma coisa durante a primeira parte e não entregou, pelo contrário, se perdeu totalmente pelo caminho e não foi sincero na segunda metade.


Agora, o release está com ótima imagem e som DTS, não que isso possa salvar o filme, mas dos males, o menor.

Nota 5

Release assistido: Fantastic.Four.2015.720p.BluRay.x264-GECKOS