sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Novo Ano, Novo Livro

Vamos nos preparar para escrevermos nosso livro em 2012.

Porque, 
Quando 2011 começou, ele era todo seu.
Foi colocado em suas mãos...
Você podia fazer dele o que quisesse...

Era como um Livro em Branco, e nele você podia colocar: um poema, um pesadelo, uma blasfêmia, uma oração. Podia...
Hoje no pode mais; já não é seu.

É um livro já escrito... Concluído.
Como um livro que tivesse sido escrito por você, ele um dia lhe será lido, com todos os detalhes, e você não poderá corrigí-lo.

Estará fora de seu alcance.
Portanto, antes que 2011 termine, reflita, tome seu velho livro e o folheie com cuidado.
Deixe passar cada uma das páginas pelas mãos e pela consciência; faça o exercício de ler a você mesmo.
Leia tudo...

Aprecie aquelas páginas de sua vida em que você usou seu melhor estilo.
Leia também as páginas que gostaria de nunca ter escrito.
Não, não tente arrancá-las.
Seria inútil. Já estão escritas.
Mas você pode lê-las enquanto escreve o novo livro que lhe será entregue.
Assim, poder repetir as boas coisas que escreveu, e evitar repetir as ruins.

Para escrever o seu novo livro, você contará novamente com o instrumento do livre arbítrio, e terá, para preencher, toda a imensa superfície do seu mundo.

Se tiver vontade de beijar seu velho livro, beije-o.
Se tiver vontade de chorar, chore sobre ele e, não importa como esteja...
Ainda que tenha páginas negras, entregue e diga apenas duas palavras:
Obrigado e perdão!!!

E, quando 2012 chegar, lhe será entregue outro livro, novo, limpo, branco, todo seu, no qual você irá escrever o que desejar...

Gostaria muito de fazer parte deste seu novo livro, conte comigo

FELIZ LIVRO NOVO!!!

FELIZ ANO NOVO!!!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O Hobbit - Trailer

Qual o impacto que um trailer pode ter?

Acho que esta resposta depende muito do trailer.
Tem aqueles que são legais, aqueles que vemos por conhecer atores ou diretor e há aqueles que aguardamos ansiosamente. Mesmo esses, geralmente apenas saciam a nossa curiosidade. Mas há outros que despertam sentimentos. Que fazem com que relembremos sentimentos e emoções que já vivenciamos em oportunidades anteriores.

O trailer de O Hobbit se classifica nesta última classe. Não é um trailer, é O trailer. Pelo menos para quem assistiu e gostou da Saga baseada nos livros de J.R. Tolkien.

Toda emoção que nos deixou órfãos no Natal de 2003 voltou com toda a força. Naquela ocasião, quando vimos Frodo partir no último navio em direção aos Portos Cinzentos, deixando a Terra Média para trás, acabamos ficando realmente órfãos. Nenhum outro filme de fantasia conseguiu preencher o vazio que ficou nos nossos corações após acompanharmos a jornada de nossos 9 amigos da sociedade. Não por falta de tentativas, mas pela ambição que tiveram em tentar ocupar este lugar.

Mas eis que bastou um trailer de exatos 2 minutos e trinta e dois segundos, com as primeiras imagens e parte da trama dos novos filmes para trazer a tona todos aqueles sentimentos que estavam guardados. Realmente algo mágico. De 2003 para cá, eu devo ter assistido em torno de 500 novos filmes, numa estimativa aproximada. Houveram filmes muito bons, filmes que tocaram, filmes que agradaram, filmes que mereceram aplausos, mas nenhum provocou aquele sentimento de volta à magia da Terra Média, aquela ansiedade pelo próximo filme.

E a música? Cantada pelos anões. De nos deixar arrepiados. Ainda mais para quem, como eu, possui todos os 3 CD's com as trilhas sonoras dos filmes da trilogia dos anéis. Esta com certeza será mais uma a figurar na estante.

Você ainda está lendo esta notícia?

Corra e veja o trailer legendado no link abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=83ZXL73WbUE

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Feliz Natal

Segue abaixo mensagem de Natal.
Não é de minha autoria, mas me emocionou e tocou bastante, a qual desejo partilhar com os amigos!
É o que desejamos a todos os amigos


Começa o começo

Quando eu era criança e pegava uma bergamota para descascar, corria para meu pai e pedia: "- Pai, começa o começo!" O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas mãos.

Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Algumas vezes eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.

Meu pai faleceu a muito tempo e há anos, (muito, alias) não sou mais criança. Mesmo assim, sinto grande desejo  de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, "começar o começo" de tantas cascas duras  que encontro pleo caminho. Hoje, "minhas bergamotas" são outras. Preciso descascar as dificuldades do trabalho, o esforço diário que é a construção do casamento, pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre difícil com doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem quando adultos.

Confesso que nem sempre é fácil. Mas, confesso também que lembrando minha infância, lembro daquelas palavras enquanto comíamos uma bergamota. Foram ensinamentos que me afastaram das ruas, dos vícios, dos covardes, dos desonestos e dos mentirosos.

Em certas ocasiões, minhas bergamotas transformaram-se em imensos abacaxis...

Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo meu pai quando lhe pedia para "começar o começo" era o que me dava a certeza de que conseguiria chegar até o último pedacinho da casca e saborear a fruta. O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir a ajuda à Deus, o meu Pai dos Céu, que sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno, que nunca morre e que o Seu amor é garantia de nossas vitórias.

Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma bergamota para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus: "Pai, começa o começo!" Ele não só começará o começo, mas acompanhará toda a situação com você. Não sei que tipo de dificuldade eu e você encontraremos pela frente. Sei apenas que vou me garantir no Amor Eterno  de Deus para pedir, sempre que for preciso: "Pai, começa o começo!".

Feliz Natal e que em 2012 todos os seus sonhos se tornem realidade"

domingo, 11 de dezembro de 2011

A Hora do Espanto

Os anos 80 estão realmente em alta! Para mim é motivo de alegria, pois além de ter vivido minha adolescência nesta década, pude acompanhar praticamente todos os grandes clássicos inesquecíveis desta época. Para comprovar que estão mesmo em alta, basta ver a quantidade de remakes ou continuações feita sobre filmes desta época. A conta vai alta.

E agora, chegou a vez de conferir este novo A Hora do Espanto. Baixei um release em alta definição e com som DTS, claro. Se temos sempre a melhor qualidade de som e imagem disponíveis, devemos aproveitá-los.

A imagem está sempre limpa e clara, mesmo nas cenas escuras, e são muitas, a qualidade da imagem impressiona. O som não é muito exigido, exceto em poucas cenas, como naquela do incêndio, e ele não decepciona, o que é de se esperar em um filme recente. Graves poderosos e uma ótima divisão de canais que nos fazem participar do filme o tempo todo.

Sinopse:
Charley (Anton Yelchin) está encantado por sua namorada Amy (Imogen Poots), o que faz com que ele não dê muita atenção ao papo do amigo Ed (Christopher Mintz-Plasse) sobre o fato do novo vizinho dele, Jerry Dandridge (Colin Farrell), ser um vampiro. Na verdade, nem mesmo sua mãe Jane (Toni Collette) acredita que ele possa fazer mal a alguém, mas o sumiço de Ed faz com que Charley começe a investigar e a sua descoberta coloca todos a sua volta em perigo. Sua única salvação parece ser Peter Vincent (David Tennant), um famoso mágico da cidade, que parecia entender tudo de vampiros, mas depois afirma ser tudo fantasia. E agora? Conseguirão eles se salvar das garras do terrível vampiro?

Eu ainda lembro muito bem do furor que o filme causou entre os adolescentes no colégio onde eu estudava então.  O ano era 1985, e bastou o primeiro colega assistir no cinema e logo todos estávamos atentos aos comentários que ele teceu a respeito. Não demorou muito e fui conferir o filme realmente me encantou.

Claro que revê-lo hoje em dia não causa nenhum impacto, mas na época, ainda mais na mente de um adolescente de 11 anos o filme era assustador e muito bom. Até hoje não esqueço a cena do lobo atravessado por uma estaca arrastando-se pela casa. A cena hoje em dia é tosca demais devido a qualidade das imagens atuais e a inevitável comparação com as maquiagens e efeitos especiais da atualidade.

Mas a respeito deste remake, posso dizer que foi uma grata surpresa. No início das notícias não levei muita fé, afinal, iriam refilmar um filme que para mim é um clássico da minha adolescência e que me marcou gratas memórias.

Tive medo que o filme, a fim de garantir uma boa bilheteria, quisesse aproximar-se dos filmes da “saga” Crepúsculo, porém o diretor não se rendeu a esta tentação e o filme consegue nos entregar uma boa história, com ótimos efeitos e muitas doses de sustos e humor.

É um tremendo alívio ver vampiros serem tratados como se deve: queimando no sol, morrendo com estacas no peito, não aparecendo em reflexos, temendo cruzes e sendo sedutores - o pacote clássico completo. Sem as invencionices de Crepúsculo, que, aliás, é satirizado com uma ótima piada. Em tempos em que os predadores definitivos da mitologia viraram românticos emos, A Hora do Espanto resgata valores sanguessugas que merecem ser lembrados. "Ele é o tubarão em Tubarão", explica o personagem de Mintz-Plasse (que parece saído de Os Garotos Perdidos, outro clássico de uma era diferente). Se A Hora do Espanto apresenta alguma modificação relevante ao mito dos vampiros, é o apreço de Jerry por uma boa cerveja...

Enfim, um filme que vale a pena ser visto pela nova geração, apreciado pelos que possuem mais de 30 anos e com certeza, um ótimo programa que o entreterá por pelo menos uma hora e meia. Sustos na medida certa, menos sensualidade do que a versão original (afinal é um filme da Disney) e uma ótima homenagem ao filme original.

Nota 7!

Release baixado: Fright.Night.2011.720p.BluRay.X264-AMIABLE

sábado, 3 de dezembro de 2011

Conan - O Bárbaro

Então. Eu assisti ao Conan de 1982 no cinema. E ele ficou marcado em minha memória. A comparação com esta nova versão é inevitável.

Sinopse:
O grande guerreiro Corin (Ron Perlman) sempre preparou seu filho Conan (Leo Howard) para ser um legítimo representante dos Cimérios, mas o jovem acabou testemunhando a morte do pai, vítima do terrível Khalar Zym (Stephen Lang), que usa o sobrenatural na busca incansável pelo poder absoluto e para ressuscitar a esposa. Mas o tempo passou e enquanto ele continua impondo seu reinado de terror, Conan (Jason Momoa) está pronto para vingar a sua gente e, principalmente, a sua família. Só ele pode salvar as nações de Hibória da maldade do exército de Khalar.

O filme de certa forma tenta, ao mesmo tempo, homenagear e superar a versão de Conan de John Milius que é considerado por muitos um clássico. E ele começa tentando impactar desde o começo. Porém há acertos e falhas.

A narração em off sempre funciona na abertura de filmes deste estilo e é bem vinda para nos situar nesta história. Porém logo a seguir temos uma cena que apesar de ter sido uma grande sacada, não funcionou da maneira como deveria. Uma cena até criativa, quando vemos Conan conhecendo o aço pela primeira vez, justamente no ventre de sua mãe. A cena a seguir, que mostra o parto no meio do campo de batalha é mal feita e a sequência onde seu pai o ergue aos céus é muito “Rei Leão” para quem entender a referência.

Ron Perlman, como pai do Conan está muito bem e é o destaque do filme, embora seu tempo de projeção seja curto. Parte da infância de Conan é mostrada, porém em certas cenas de maneira exagerada e de maneira pouco crível. Afinal, crer em um garoto de aparentes 12 anos combatendo e vencendo quatro homens adultos, também guerreiros é forçar a barra, mas nós acabamos nos fazendo de bobos e deixamos o filme rolar, para entrar na história, afinal, é o Conan. Porém se lembrarmos o começo das lutas de Conan na versão anterior, onde vemos seu assombramento e medo no primeiro confronto, no qual ele apenas luta quando percebe que morrerá se não o fizer, temos um tremendo paradoxo.

As cenas de batalha são bem feitas e coreografadas, mas algumas visam apenas mostrar as mais as belas paisagens do que serem realistas. De qualquer maneira quem quiser ver sangue, o verá em quantidade. Ressalte-se aqui que na maioria das lutas o diretor quer destacar que Conan é um guerreiro melhor que os outros, pois sempre o coloca a lutar para defender alguém ou segurando alguma coisa para o forçar a lutar com apenas uma das mãos. Isso soa desnecessário e mostra que ele não entende o universo do personagem.

As minhas maiores queixas são justamente quando comparo o filme com a versão anterior e mesmo aos quadrinhos.

Primeiro, o Conan é e sempre foi, nos cinemas, o Arnold. Ponto final. Jason Momoa é grande e até melhor ator do que Arnold, mas está muito aquém do físico eternizado no filme de 1982 e desenhado nos quadrinhos. Neste aspecto, definitivamente não é um guerreiro hiboriano.

Segundo, todo o misticismo da era hiboriana foi perfeitamente introduzido no filme original (vide a visita de Conan à cabana da bruxa no filme original) e gradativamente desenvolvido. Aqui ele é nos jogado à cara, sem maiores introduções. E mesmo assim não sentimos aquela aura de magia e mistério no ar. Toda a sensualidade que permeia os quadrinhos e o primeiro filme é esquecida neste daqui. Há algumas cenas levemente ousadas, mas que não chegam a criar aquela atmosfera onde se espera que a qualquer momento os bárbaros mostrarão o mundo em que vivem a luxúria e a violência. Provavelmente tal escolha vise obter uma classificação etária menor, porém sem isso o filme soa falso.

Ah! O segredo aço é apenas levemente mencionado em apenas uma cena. Quem assistiu à outra versão sabe que este era um tema recorrente em todo o filme anterior e guiava nosso personagem. Aqui foi colocado como que para nos dizer: eu sei que isso deveria aparecer no filme, mas nós decidimos ignorar.

A sensação final é de que o filme é um videogame, que nosso protagonista precise passar de fases, vencendo o chefão do nível para poder prosseguir.  E mesmo a batalha final carece de peso dramático e um desafio maior.

Não direi que o filme é uma perda de tempo, mas poderia ter sido muito melhor, isso com toda a certeza.

Nota 6.

O release baixado porém é excelente. Imagem limpa e cristalina no aspecto original, som DTS excelente.

Release baixado: Conan.2011.720p.DTS.bluray