terça-feira, 25 de setembro de 2012

Prometheus


Ficção-científica é um dos meus gêneros de filme favorito. Porém como o gênero é amplo, existem muitos filmes de ficção diferentes demais uns dos outros e que não parecem ter muita relação entre si, o que pode gerar muitas histórias interessantes. Infelizmente muitas vezes os estúdios querem apenas explorar o gênero ou o nome de algum diretor famoso sem preocupar-se muito com os roteiros e histórias. Creem que, muitas vezes, um trailer bem feito ou cartazes bastante sugestivos podem substituir uma boa história. O que não é real. Muitas vezes mesmo boas histórias mal desenvolvidas não resultam em bons filmes, e aqui poderíamos citar dezenas de nomes. Mas deixo apenas um, com diretor, atores e produção de primeiro nível, além de uma boa ideia original, que não conseguiu se desenvolver o suficiente para resultar em um bom filme: Fim dos Tempos (The Happening).


Felizmente não é o que acontece aqui, onde temos um filme muito bem estruturado, com ótimas idéias, roteiro bem desenvolvido e excelente elenco e diretor. Talvez o resultado final não agrade aquele que espera apenas mais uma ficção banal. Porém aqueles que gostam de excelente ficação científica, se darão por muito satisfeitos.

Sinopse:
2089. Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) e Charlie Holloway (Logan Marshall-Green) são exploradores que encontram a mesma pintura em várias cavernas na Terra. Com base nisto, eles desenvolvem uma teoria em que a pintura aponta para um lugar específico do universo, que teria alguma relação com o início da vida no planeta. A dupla convence um milionário, Peter Weyland (Guy Pearce), a bancar uma cara expedição interestelar para investigar o assunto. Desta forma, Elizabeth e Charlie entram para a tripulação da nave Prometheus, composta pelo robô David (Michael Fassbender), a diretora Meredith Vickers (Charlize Theron), o capitão Janek (Idris Elba), entre outros. Todos, com exceção de David, hibernam em sono criogênico até que a nave chegue ao objetivo, o que acontece em 2093. Encantados com a descoberta de um novo mundo e a possibilidade de revelarem o segredo da origem da vida na Terra, Elizabeth e Charlie não percebem que o local é também bastante perigoso.

Uma das primeiras experiências com a (boa) ficção de que me lembro é o filme “Alien”, que no Brasil ganhou o subtítulo de “O oitavo passageiro” de 1979 feito pelo mesmo diretor de Prometheus. Filme fantástico e que despertou milhares de pessoas para um novo patamar da ficção naquela época. Até hoje é elogiado pela crítica e público, sendo considerado uma obra de referência no assunto. Agora o diretor retorna ao universo criado na época e tenta matar nossa curiosidade com as perguntas que foram criadas anos atrás. Porém, para responder velhas perguntas, novas foram criadas.

Aqui temos um filme de ficção com “F” maiúsculo. Apesar de muito esperado e cercado de expectativas, o filme não decepciona. Não agrada a todos com certeza, mas ele tem seus méritos e merecem serem destacados.

A construção do ambiente geral do filme é muito bem feita. Começa devagar, sem pressa, mas sem jamais perder a nossa atenção. O posicionamento dos personagens no cenário geral não é algo “barato e sem sentido”, mas muito bem pensado e desenvolvido de maneira satisfatória. Fazia algum tempo que não desfruta de uma construção neste sentido que prendesse minha atenção e não deixasse desgrudar os olhos da tela esperando pelo próximo ato. Se foi causado pela expectativa que eu já possuía em relação ao filme, ou seja resultado da competência da equipe de produção e elenco em momento algum isso é demérito do filme, muito pelo contrário.
Engenheiro ou Space Joker?

Michael Fassbender vivendo o androide David está fantástico. Comprova o talento que ele tem demonstrado a cada novo filme em que participa e nos entrega um personagem intrigante, que muitas vezes nos faz lembrar o androide lá de 1979, então interpretado por Ian Holm e seu Ash. Entrega veracidade e nos faz crer em sua interpretação, deixando todo restante do elenco um passo atrás.

E é David quem nos guia pela história do filme conhecendo os demais personagens e suas intenções. Mas mais do que isso, parece ser ele quem guia a todos nos questionamentos que movem o filme, além de ter participação ativa nos atos que culminarão no clímax do filme.
Fassbender em mais uma atuação brilhante, conquistando o  mundo

Prometheus é meio que filosófico, com cara de ficção científica e tem momentos muito tensos. O filme pode te manter atento do início ao final e, principalmente, depois de assistir. A história é basicamente sobre uma equipe na nave Prometheus que vai até um planeta distante procurando entender de onde nós viemos, cada um com as próprias perguntas e enfrentando a própria luta por respostas. O filme pode ser visto em três partes: introdução, descobertas e desespero. Todas elas envolvidas por questionamentos no estilo "religião vs ciência", mas não o clichê. Na verdade, a história é mais sobre buscar respostas do que as respostas em si. Totalmente indicado para quem está com saudade da ficção científica, mas não vá pelo terror e não espere uma história padrão. "Esse é um filme que muita gente vai gostar enquanto muita gente vai achar ruim..." já alertava Ridley Scott ao público nas entrevistas que dava durante a produção do filme.

Existem momentos e cenas que nos fazem perceber que Ridley Scott não tem a mesma competência da época de Alien e de Blade Runner, mas são poucos momentos, sem falar em spoilers, vide a cena “pós-parto” que acaba por desafiar nossa inteligência. Mas mesmo com estes momentos, o filme é muito superior a milhares de outros filmes genéricos de ficção que temos ano a ano sendo lançados.

O filme lança diversos questionamentos, alguns, propositalmente sem respostas, que nos remetem à clássicos da ficção, como 2001: Uma odisseia no espaço, do mestre Kubrick e alguns outros, que a discussão pós filme estende-se por horas a fio. Um pouco de 2001 com inspiração no livro “Eram os deuses astronautas” e mais algumas fontes podem resumir bem o que esperar do filme. Mas no geral, o seu resumo pode ser: um bom filme!
Além de bom filme, ainda conta com Charlize  Theron

A versão que baixei para assistir foi um release em fullHD com áudio com uma trilha DTS em 5.1 canais que fazem abrir um sorriso no rosto após ver que os últimos investimentos em tela maior (ainda postarei a análise dela) e home theater melhor valem a pena e nos fazem ter na sala de casa a experiência que geralmente somente teríamos nas melhores salas de cinema. E como o de nossa cidade foi, novamente, fechado, curtir uma imagem de espetacular qualidade e um som poderoso é a melhor experiência cinematográfica que podemos ter por aqui. Som original que preenche todos canais e nos fazem entrar no clima do filme é um complemento e tanto para uma imagem sem artefatos digitais, com ótimos níveis de preto e que mesmo nas cenas escuras nos permitem ter plena noção do que se passa na tela. Aqui a escuridão não é um ponto a ser temido, mas curtido com qualidade.

Apesar de controverso e decepcionante para muitos, este filme que é vendido como uma introdução à história do filme Alien de 1979, eu o considerei como uma história anterior, ambientada no mesmo universo, mas não necessariamente uma primeira parte. Quem sabe uma continuação deste seja o filme que ligue todas as pontas entre os dois filmes. Por isso talvez, minha nota seja um 8,5 que talvez em uma nova sessão ainda aumente para uma nota 9. Se você ainda não assistiu por causa das críticas bastante divididas que se encontram pela internet, dê uma chance a um ótimo filme e seja feliz.
Descontração no set

Ps. Após assistir Prometheus, rever Alien e Aliens: O Resgate é altamente recomendado e satisfatório.

Release baixado: Prometheus.2012.1080p.BluRay.DTS.x264-BRADJE

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

As donas da noite (We Are The Night)


Nunca escondi de ninguém que eu sempre tive uma queda por filmes de vampiro. Mesmo quando era pequeno e os filmes me deixavam com medo após assistir.

Dos que assisti, alguns dos melhores são: Drácula (1931) o clássico, Drácula (1979) este com a inesquecível cena do bebê sendo salvo na tumba, Fome de viver (1983) com a bela Catherine Deneuve, A Hora do Espanto (1985), Os garotos Perdidos (1987), Quando chega a escuridão (1987), Drácula de Bram Stoker (1992) talvez o melhor de todos, Entrevista com o Vampiro (1994) também impecável, e mais recentemente a grata surpresa Deixe ela entrar (2008).

Quem, assim como eu, sempre gostou de acompanhar as histórias dos chupadores de sangue deve ter tido dezenas de decepções com os filmes medíocres que foram feitos neste tempo. Para cada filme bom que foi feito, pelo menos uns 10 ruins o seguiram. Para cada “Deixe ela entrar” uns 10 “Crepúsculo” são feitos. Alguns medianos e outros mais trash do que qualquer coisa.

Pois eu que sempre me interesso, ao menos saber do que se tratam os filmes sobre o gênero, acabei me deparando com este filme alemão de 2011 e resolvi baixá-lo para conferir.

Sinopse:
Certa noite, Lena, uma garota de 18 anos, é mordida por Louise, líder de um trio de vampiras. Seu novo estilo de vida é por vezes benção e uma maldição. Inicialmente, desfruta da liberdade sem limites, o luxo, as festas. Mas logo os instintos assassinos pelo desejo de sangue de suas companheiras se torna um pesadelo para ela, ao mesmo tempo que se apaixona perigosamente por Tom, um policial. Agora Lena terá que escolher entre o amor imortal e a vida imortal.


Domingo pela manhã, para muitos amigos e conhecidos, é dia de assistir ao Esporte Espetacular (depois de vencer o sono, é claro). Não para mim, domingos pela manhã em casa, após acordar, se não tiver nenhum compromisso, é o momento ideal de colocar filmes e séries em dia. Ou de conferir aqueles filmes que não são tão conhecidos e dar uma chance de assisti-los. Assim foi com este filme até então desconhecido. Resolvi baixar e colocar para rodar. Se os primeiros 15 minutos me convencerem, o assisto até o final. Aqui está o resultado.

Lena (Karoline Herfurth, de “Perfume – A História de um Assassino“) é uma jovem desajustada e perdida. Abandonada pela mãe solteira e sem objetivos de vida, ela ocupa seu tempo entre pequenos roubos e momentos de depressão. Depois de perseguida pelo detetive Tom (Max Riemelt), a garota é assombrada por Louise (Nina Hoss), que vê em seus olhos a falta de perspectiva, um requisito essencial para a nova condição.

A jovem é mordida no banheiro de uma balada e passa a seguir a cartilha dos recém-vampirizados do cinema: intolerância à luz do sol, fome não saciada pelos alimentos comuns e pesadelos. Ela procura sua algoz e conhece o restante do grupo: Charlotte (Jennifer Ulrich, de “Meninas Não Choram“), monossilábica e presa ao início do século passado, e a inconsequente Nora (Anna Fischer), que aparenta ser uma adolescente, com seu jeito inconsequente.

Vampiras e donas da boate

Após a transformação, Lena entra em conflito sobre sua natureza, a obrigação de matar e a atração que sente pelo detetive. Algo não aceitável pelo grupo de vampiras, pois os homens são apenas objetos de diversão passageira e responsáveis pela quase destruição das criaturas da noite. Aqui está a melhor ideia do roteiro: não existem varões nessa raça, pois os homens não sabem agir com cautela suficiente para esse ofício. Além de feministas, as garotas entendem que sua sobrevivência depende da discrição e do auto-controle.

Além desse conceito curioso, outro ponto positivo de “AS DONAS DA NOITE” está na condução e dinamismo da narrativa. O espectador se sente atraído pelas personagens, querendo saber qual será o próximo passo, como aquilo tudo será resolvido. Ainda que você acredite que o amor está ali no enredo, ele não aparece. As mortes e o sangue preenchem qualquer possibilidade de imaginar uma história “romântica“, mesmo que os clichês estejam sempre presentes.

Sem usar a palavra “vampiro” durante o filme inteiro, vale a pena conferir essas belas vampiras em cena. Não é uma obra-prima, apenas um bom filme sobre o velho tema, uma produção interessante e bem feita para os apreciadores do gênero, sedentos por boas opções.

Cabe ressaltar que apesar de uma produção modesta, sem grandes investimentos, o filme não decepciona. Os poucos recursos foram muito bem empregados e nos entregam excelentes sequências e cenas muito bem pensadas.

O final nos deixa com esperanças de que poderemos, em algum futuro, ver novamente este universo que foi apresentado no filme. Afinal, sementes para isso, estão espalhadas durante todo o decorrer da aventura.

Um destaque especial para a cena de abertura do filme, onde em um avião em pleno voo, com o piloto automático ligado, é claro, as nossas personagens são apresentadas em um longo banquete, nos levando a imaginar que a ideia foi muito bem conduzida, um certo tom de originalidade e uma tirada de mestre. Esta primeira cena inicial foi o que me conquistou e me fez assistir ao filme inteiro. Infelizmente eu o baixei em qualidade DVDRip, mas com certeza estarei procurando um release em alta definição para manter por perto no HD portátil.

Leva uma nota 8 e com louvor.

Release baixado: As.donas.da.Noite.Dual.BDRip.avi

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Nova Série: Revolution


Vazou na internet, de maneira bastante proposital, o episódio piloto da nova série do canal NBC, chamada Revolution, que leva o nome de J.J. Abrams na produção e que só deve estrear nos EUA no dia 17 de setembro.

Sinopse:
Revolution, a nova série criada por Eric Kripke (Supernatural) e com produção de J.J Abrams (Lost), trata de pessoas que lutam para sobreviver em um mundo onde todas as formas de energia deixaram de existir. Com um visual apocalíptico, e sem nenhuma tecnologia moderna, métodos antigos de sobrevivência voltam a fazer parte da cultura das pessoas.

Eric Kripke, criador de Supernatural, largou a série sobre os irmãos Winchester e o seu mundo de eventos sobrenaturais relacionado a vampiros e coisas do gênero, para embarcar em um mundo apocalíptico que, após um apagão, fica completamente sem energia. Com produção de J.J Abrams, Revolution cai nos mesmos defeitos da série Jericho que, ao tratar de um tema parecido, não soube dar uma direção para a sua história.

Como toda trama apocalíptica, Kripke deixa claro no seu episódio Piloto que existiram planos por trás daquilo que aconteceu. Algumas pessoas sabiam disso, como é o caso do irmão de Miles que, misteriosamente, guarda alguns arquivos em seu pendrive antes do mundo inteiro apagar. Quinze anos depois, que é quando a trama realmente começa, as pessoas vivem em vilas plantando a própria comida e sobrevivendo da maneira que podem.

Por outro lado, a milícia de um General que usa a letra M como marca, aterroriza estas vilas fazendo-os pagar impostos para continuarem morando ali. Ele é quem está atrás das informações gravadas no pendrive, que podem ser a chave para recuperar a energia de volta. E aqui os problemas de Revolution começam a aparecer, se consolidando como uma trama fraca cujas fragilidades ficam expostas durante todo o episódio.

Revolution tenta chocar com cenas que mostram cidades devastadas após o apagão, ou o famoso estágio do Chicago Cubs que virou abrigo para as pessoas, mas não se preocupa em tentar inserir de forma adequada os seus personagens neste universo. Charlie, a personagem tida como principal, perde o pai nos primeiros momentos para, já no próximo instante, mostrar interesse amoroso em uma pessoa que ela nunca havia visto antes.

Cabelos arrumados e roupas passadas sem energia

Apostando também em muitas cenas de ação, Revolution encerra o episódio apontando para aquilo que todo mundo já sabia: existe um mistério e pessoas que planejaram isso.

Decepcionante em sua essência, é uma pena que a série não consiga sair da obviedade de retratar um mundo apocalíptico com pessoas sobrevivendo a ele e algum mistério por trás. Tentativas fracassadas de séries como Terra Nova e Jericho só reforçam o fato de que Revolution caminhe na mesma direção delas.

Porém não posso deixar de destacar uma cena em especial, logo no começo do episódio, quando acontece o tal apagão, que é memorável. A queda de inúmeros aviões que, assim como todo e qualquer equipamento eletro-eletrônico, que são mostrados caindo do céu e explodindo em chamas ao caírem no solo é de gelar o sangue.
O logo da série pelo menos, é cool

Outro ponto a se destacar é que a série ignora aquilo que todo mundo, pelo menos penso eu, gostaria de ver, que seria o caos inicial de um mundo sem energia e sem comunicações eficientes sofreria. A série já mostra uma sociedade adaptada ao evento que se tornou duradouro. Porém não pouparei críticas às roupas moderninhas, cabelos muito bem arrumados (chapinha?) e roupas sem amassados.  Quem sabe conseguiram alguns equipamentos com os Flintstones!

Ainda assim acompanharei mais alguns episódios para ver se ela melhora e prende a atenção.

Quanto ao release “vazado”, está em alta qualidade e com som em 5.1 canais. Posso dizer que a imagem é cristalina e o som claro e muito bem mixado. Se todo vazamento fosse assim, adeus indústria.

Release baixado: Revolution S01E01 Pilot 720p WEB-DL DD5.1 H264-CtrlHD

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Battleship – A batalha dos mares


Sabe aquele jogo de tabuleiro? Aquele onde se atira em navios baseado nas coordenadas do tabuleiro? No estilo “fogo no quadrante D7”? Pois é, fizeram um filme em cima desta ideia. Na verdade, ideias é o que tem faltado em Hollywood ultimamente. A Hasbro, detentora dos direitos de brinquedos populares nos anos 80, como Transformers e G.I. Joe, também é a dona do jogo Battleship, conhecido no Brasil como Batalha Naval, então nada mais natural do que tentar arrecadar um pouco em cima deste jogo também, afinal, ela conseguiu com os anteriores.

Sinopse:
Alex Hopper (Taylor Kitsch) é um oficial naval do navio USS John Paul Jones, comandado pelo almirante Shane (Liam Neeson). Alex é noivo de Sam (Brooklyn Decker), filha de Shane, apesar de não ser bem visto por ele. Já em alto mar, eles precisam unir forças com a tripulação do navio USS Samson, comandado pelo irmão mais velho de Alex, Stone (Alexander Skarsgaard), ao encontrar uma força alienígena desconhecida, que ameaça a existência da humanidade. Um grupo de cientistas, comandados por Cal Zapata (Hamish Linklater), e de especialistas em armas, como Cora Raikers (Rihanna), também compõem a equipe. Acompanhando tanto o lado dos humanos quanto o lado dos alienígenas, Battleship apresenta a intensa disputa pelo controle da Terra.

A missão de transformar o jogo de tabuleiro em um blockbuster americano não era fácil. Escolheram para isso o caminho fácil. Na trama, a NASA descobre um planeta capaz de sustentar vida, já que tem massa e distância a um sol semelhantes às da Terra. Envia então ao espaço um sinal, disparado a partir de uma instalação no Havaí, lançado para dizer que "estamos aqui". Anos depois, a resposta chega na forma de uma frota enviada para nos exterminar. Mas os aliens escolheram uma má hora para nos infernizar: a instalação fica justamente ao lado de uma das mais famosas bases navais do mundo, Pearl Harbor, que está abrigando um encontro internacional de Marinhas para exercícios de guerra.
Seja sincero e diga se teríamos alguma chance

A partir daí tudo é festa, quer dizer, desculpa para muita ação, tiros, explosões e mutilações. Esqueça a coerência, a veracidade e a história em si, é um filme de verão, blockbuster, para ser visto e curtido. Não exija demais dele. Caso contrário você perderá o espetáculo visual e encontrará os furos e falhas do roteiro que existem em abundância. Esqueça isso e terá um filme excelente.

Efeitos especiais de primeira linha é o mínimo esperado para um filme deste porte, com a missão de arrecadar o máximo possível. Coloque alguns rostos conhecidos, como Taylor Kitsch que se destacou após John Carter, a cantora Rihanna (sem muita função no filme), Liam Neeson para dar um ar de filme bom e até o vampiro Eric de True Blood deu as caras no filme, acrescente toneladas de CGI e tenha cenas empolgantes.

No decorrer do filme algumas cenas se destacam, como o começo original em busca de um “burrito” galanteador, ou a cena mais original ainda que presta homenagem ao jogo, utilizando uma criatividade inesperada para recriar o formato original do jogo em plena era digital.
Batalha Naval

Esqueça um pouco o patriotismo americanizado exageradamente exaltado pelo filme, afinal, estamos falando de uma batalha em Pearl Harbor, que há mais de 60 anos pede uma revanche em uma batalha. Aqui eles inclusive colocam um navio japonês dentro da mesma situação apenas para mostrar a relação atualizada, e minimizada, entre os antagonistas do passado. Eles até trabalham juntos e aprendem um com o outro aqui.

No resumo final, um filme que não se leva a sério acaba se tornando uma ótima diversão. E engrossa a lista daqueles famosos bons filmes ruins. Admito que eu mesmo gosto muito de alguns filmes que geralmente são massacrados pela crítica, mas que encontram um enorme público que sabe deixar de lado muitas falhas e acabam cativados por aventuras como: Armageddon, Independence Day, Godzilla, Transformers, O dia depois de amanhã; 2012, Invasão do Mundo: A Batalha de Los Angeles e tantos outros. Confesso que o próprio Armageddon é o meu favorito desta lista, que apesar de ter assistido no cinema, possuir o DVD e o Blu-ray, sempre que o vejo em um canal de TV não consigo deixar de acompanhar novamente.

Mas e o Battleship? Leva uma nota 7, sem dúvida.

Release baixado: Battleship (2012) PROPER 720p BluRay x264-SPARKS