Vazou na internet, de maneira bastante proposital, o
episódio piloto da nova série do canal NBC, chamada Revolution, que leva o nome
de J.J. Abrams na produção e que só deve estrear nos EUA no dia 17 de setembro.
Sinopse:
Revolution, a nova série criada por Eric Kripke (Supernatural) e com produção de J.J
Abrams (Lost), trata de
pessoas que lutam para sobreviver em um mundo onde todas as formas de energia
deixaram de existir. Com um visual apocalíptico, e sem nenhuma tecnologia
moderna, métodos antigos de sobrevivência voltam a fazer parte da cultura das
pessoas.
Eric
Kripke, criador de Supernatural, largou a série sobre os irmãos
Winchester e o seu mundo de eventos sobrenaturais relacionado a vampiros e coisas do gênero,
para embarcar em um mundo apocalíptico que, após um apagão, fica completamente
sem energia. Com produção de J.J Abrams, Revolution cai nos
mesmos defeitos da série Jericho que, ao tratar de um tema parecido, não
soube dar uma direção para a sua história.
Como
toda trama apocalíptica, Kripke deixa claro no seu episódio Piloto que
existiram planos por trás daquilo que aconteceu. Algumas pessoas sabiam disso,
como é o caso do irmão de Miles que, misteriosamente, guarda alguns arquivos em
seu pendrive antes do
mundo inteiro apagar. Quinze anos depois, que é quando a trama realmente
começa, as pessoas vivem em vilas plantando a própria comida e sobrevivendo da
maneira que podem.
Por
outro lado, a milícia de um General que usa a letra M como marca, aterroriza estas vilas fazendo-os pagar
impostos para continuarem morando ali. Ele é quem está atrás das informações
gravadas no pendrive, que podem ser a chave para recuperar a energia de
volta. E aqui os problemas de Revolution começam
a aparecer, se consolidando como uma trama fraca cujas fragilidades ficam
expostas durante todo o episódio.
Revolution tenta chocar com cenas que mostram
cidades devastadas após o apagão, ou o famoso estágio do Chicago Cubs que virou
abrigo para as pessoas, mas não se preocupa em tentar inserir de forma adequada
os seus personagens neste universo. Charlie, a personagem tida como principal,
perde o pai nos primeiros momentos para, já no próximo instante, mostrar
interesse amoroso em uma pessoa que ela nunca havia visto antes.
Cabelos arrumados e roupas passadas sem energia |
Apostando
também em muitas
cenas de ação, Revolution encerra
o episódio apontando para aquilo que todo mundo já sabia: existe um mistério e
pessoas que planejaram isso.
Decepcionante
em sua essência, é uma pena que a série não consiga sair da obviedade de
retratar um mundo apocalíptico com pessoas sobrevivendo a ele e algum mistério
por trás. Tentativas fracassadas de séries como Terra Nova e Jericho só reforçam o fato de
que Revolution caminhe
na mesma direção delas.
Porém não posso deixar de destacar uma cena em especial,
logo no começo do episódio, quando acontece o tal apagão, que é memorável. A
queda de inúmeros aviões que, assim como todo e qualquer equipamento
eletro-eletrônico, que são mostrados caindo do céu e explodindo em chamas ao
caírem no solo é de gelar o sangue.
O logo da série pelo menos, é cool |
Outro ponto a se destacar é que a série ignora aquilo que
todo mundo, pelo menos penso eu, gostaria de ver, que seria o caos inicial de
um mundo sem energia e sem comunicações eficientes sofreria. A série já mostra
uma sociedade adaptada ao evento que se tornou duradouro. Porém não pouparei
críticas às roupas moderninhas, cabelos muito bem arrumados (chapinha?) e
roupas sem amassados. Quem sabe
conseguiram alguns equipamentos com os Flintstones!
Ainda assim acompanharei mais alguns episódios para ver se
ela melhora e prende a atenção.
Quanto
ao release “vazado”, está em alta qualidade e com som em 5.1 canais. Posso
dizer que a imagem é cristalina e o som claro e muito bem mixado. Se todo
vazamento fosse assim, adeus indústria.
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