quinta-feira, 20 de julho de 2017

Spider-Man: Homecoming (2017)

E eis que surgiu a oportunidade de assistir ao Homem Aranha: De volta ao lar no cinema em Campinas-SP. E vejam só o filme é excelente. É literalmente o personagem transposto dos quadrinhos para as telas. Muito bem feito e com uma história muito bem escrita.


Sinopse:
Depois de atuar ao lado dos Vingadores, chegou a hora do pequeno Peter Parker (Tom Holland) voltar para casa e para a sua vida, já não mais tão normal. Lutando diariamente contra pequenos crimes nas redondezas, ele pensa ter encontrado a missão de sua vida quando o terrível vilão Abutre (Michael Keaton) surge amedrontando a cidade. O problema é que a tarefa não será tão fácil como ele imaginava.

Para quem ainda não sabe nos anos 90 a Marvel nos quadrinhos estava em um péssimo momento e chegou a abrir falência, então para se capitalizar vendeu os direitos de alguns personagens para estúdios de cinema. A Fox comprou Os X-Men, Demolidor e Quarteto Fantástico, a Sony ficou com o Homem Aranha. Foi através dela que se produziram os 5 filmes anteriores. Era o mesmo personagem, mas ele não “habitava” o mesmo universo aonde se ambientam os filmes da Marvel (Vingadores) após sua recuperação financeira. Agora após um acordo entre os estúdios a Sony cedeu os diretos do cabeça de teia para a Marvel e ele finalmente está no mesmo universo dos demais, voltando ao lar.

Quanto ao filme ele me capturou desde o começo. Sempre fui fã do teioso e aqui ele está muito bem representado. A história flui com naturalidade e de maneira bem convincente. É uma das muitas versões do Aranha nos quadrinhos, talvez a mais marcante. A do adolescente na escola, que é nerd, que sofre bulling, que não consegue se aproximar da garota que gosta. Enfim, é o retrato do adolescente que inicia a se interessar por quadrinhos (pelo menos nos anos 80 e 90 era assim). O ator Tom Holland está muito confortável e convincente como Peter e como Aranha. Foi a escolha ideal. Os demais personagens também estão muito bem, e embora algumas adaptações e mudança de etnias de personagens dos quadrinhos tenha me incomodado, não posso negar que eles funcionam bem nas telas.

O vilão, que nos filmes da Marvel não têm sido tão marcantes, salvo poucas exceções, aqui está muito bem. Michael Keaton como Abutre convence, tem motivações plausíveis e não decepciona em nenhuma cena. Espero que volte no futuro e que traga seus comparsas que também se encontram em um nível bem próximo dele.

Os efeitos estão excelentes, as cenas de luta estão muito bem coreografadas, os efeitos do Aranha em ação beiram a perfeição. As grandes cenas do filme são muito competentes e embora “eu” não tenha gostado do desfecho da cena da balsa que aparece já no trailer, as demais cenas grandiosas são estupendas, com destaque para a cena em Washington; e, graças a Deus, Tony Stark e o Homem de Ferro não roubam o filme e nem aparecem demais. Estão presentes na medida certa e são coerentes com as ideias que a Marvel plantou em Guerra Civil. As cenas do Aranha entendendo e testando os upgrades do uniforme são hilárias, divertidas e condizem com as criações de Tony Stark dos filmes.

Vemos uma Nova Iorque que ainda não havia sido mostrada na Marvel, com detalhes e ambientações identificadas dos quadrinhos, ela que sempre foi uma coadjuvante sempre presente das hq’s do personagem se faz presente aqui de forma bem intimista, assim como foi homenageada nos filmes do Sam Raimi.


Agora li várias críticas após assistir ao filme, e todas elas são meio que unânimes a não exaltar o filme como fantástico ou maravilhoso, acredito que em parte porque muitas cenas que levantam o filme já não são novidades depois de tantos filmes deste universo e dos da concorrente DC. Mas sim, o filme é excelente. E se não estivéssemos tão acostumados com cenas heroicas todos os anos, o filme seria sim exaltado como merece. Este é o filme do Homem Aranha que sempre desejamos assistir. Um Filmaço e com “F” maiúsculo. Vale com toda a certeza uma nota 9!

Ps.: Neste MCU fica mais aceitável não ouvir em nenhuma cena a frase "Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades", principalmente pela ausência do Tio Ben. Por diversas vezes a frase é subentendida em algumas cenas, como na conversa com o Tony Stark. Isso, nos filmes de Mark Webb não desceu bem, foi algo que ficou faltando.