segunda-feira, 30 de julho de 2012

O Espetacular Homem Aranha


Há 10 anos atrás eu tive uma das melhores sessões de cinema da minha vida. O filme era O Homem Aranha, dirigido por Sam Raimi e que pela primeira vez trouxe o aracnídeo para as telas. O filme não era perfeito, haviam falhas, mas era muito bom. Fosse pelo sentimento de nostalgia, fosse pela dificuldade de ser levado às telas, pelas filas enormes, a compra antecipada de ingressos, os vários amigos presentes na seção, para mim o filme foi marcante e inesquecível.

10 anos depois temos um novo filme na praça, que tenta apagar tudo o que vivenciamos em 3 filmes anteriores e recomeçar a franquia do cabeça de teia no cinema a partir do zero. Apenas 5 anos após o último filme, era mesmo necessário fazer isso ao invés de continuar a sequência? Vamos tentar avaliar.

Sinopse:
Peter Parker (Andrew Garfield) é um rapaz tímido e estudioso, que inicou há pouco tempo um namoro com a bela Gwen Stacy (Emma Stone), sua colega de colégio. Ele vive com os tios, May (Sally Field) e Ben (Martin Sheen), desde que foi deixado pelos pais, Richard (Campbell Scott) e Mary (Embeth Davidtz). Certo dia, o jovem encontra uma misteriosa maleta que pertenceu a seu pai. O artefato faz com que visite o laboratório do dr. Curt Connors (Rhys Ifans) na Oscorp. Parker está em busca de respostas sobre o que aconteceu com os pais, só que acaba entrando em rota de colisão com o perigoso alter-ego de Connors, o vilão Lagarto.

Cheio de restrições ao filme, estando em férias acabei indo, bem acompanhado da família é claro, a uma sala da rede GNC em um Shpping Center. Sala muito boa, nem sequer tem como comparar com a nossa humilde sala local. Lá tínhamos cadeiras muito confortáveis, ótima tela, projeção no aspecto correto e o som. E que som, DTS e em 5.1 canais perfeitamente audíveis e muito bem regulado. Simplesmente obrigatório.

O filme resgata uma história antiga dos quadrinhos, sobre o mistério dos pais de Peter Parker e mescla com a versão ultimate do personagem, que nada mais é do que uma atualização da lenda para os dias atuais. Afinal, o Aranha foi criado em 1962 e muita coisa que era verossímel na época, hoje não é mais. Todavia, o filme inicial da franquia dirigida por Sam Raimi já fazia isso. De maneira sutil, mas atualizava a história sim.

Agora temos um arco misterioso dos pais de Peter que nem mesmo nos quadrinhos foi bem recebido e que pouco depois de ser publicado foi esquecido. Nem mesmo histórias posteriores sequer mencionavam estes arcos. Some a isso a diminuição que o tio Ben sofre na vida de Peter por causa da sombra dos pais e a sua morte torna-se muito menos dramática e impactante quanto foi no primeiro filme. Afinal, se Peter ainda tem uma esperança de encontrar seus pais, a perda do tio acaba não sendo algo assim tão doloroso capaz de criar nele uma mudança de atitude. A sua mudança de foco aqui, se deve a uma outra cena com uma carga dramática muito menor e bem menos compreensível.
Quem você pensa que é para falar mal do meu filme?

Tirando esta escolha estranha para o roteiro, o filme até que não é ruim. Pelo contrário, tem muitos pontos positivos e o visual e efeitos especiais estão simplesmente espetaculares. Todos os defeitos e falsidade aparente dos efeitos no longa de 2002 foram deixados para trás, aqui as cenas são limpas e bem conduzidas, efeitos incríveis e um visual estonteante. O filme é um deleite para quem assiste. E cuidado para não sentir náuseas em algumas cenas em que a câmera acompanha nosso herói pelos prédios de Nova Iorque.

Por mais que eu tente não comparar o novo filme com o anterior, quando se fala em origem e descobrimento de poderes não há como não compará-los, e aqui, o novo filme sai perdendo sempre. Não apenas o roteiro é muito mais superficial, como as situações postas no filme são muito infantis. Quem sabe até agrade mais ao público adolescente da atualidade, mas me desculpem, eu preciso de mais substância num filme deste tipo. Não aceito ser enganado ao não ter um único motivo sequer para que em determinado momento do filme Peter resolva contar seu segredo para alguém. Assim, do nada. Não engoli.

Tudo bem que no filme de 2002 o inimigo Duende Verde estava totalmente descaracterizado daquele dos quadrinhos, muitas vezes parecendo sair de um Jaspion da vida. Mas Willian Dafoe compensava qualquer problema visual. Cronologicamente falando, Gwen Stacy também foi um acerto no lugar de Mary Jane, o primeiro filme mescla as duas em uma única (esta percepção é somente para leitores), mas o resultado se não é perfeito, é bastante satisfatório. Apesar do acerto neste novo filme, o resultado não é melhor que o anterior, ainda com algumas gafes.

Para sintetizar o filme, a sequência final, a cena que normalmente é feita para levantar a plateia das poltronas naquele sentimento de aventura acima de qualquer outro visto no decorrer do filme não funciona. Pior que não funcionar é a decepção que causa. Quem assistir ao filme talvez fique constrangido ao ver a tal cena da sequência final. Não convence em nenhum momento e não é por causa dos efeitos especiais não, que são a melhor coisa no filme. Assista e depois julgue se não tenho razão.

Mas a gota d’água pra mim é que não há, pasmem, em momento algum do filme a citação “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”. Isso é um crime. É algo impensável. Em qualquer outro filme deixar uma fala ou um pensamento conhecido de fora da montagem é até aceitável, mas em Homem Aranha não. Isso é a essência de quem ele é. É esta frase que o move e quem o torna o que ele é. É como se ao filmar a nova trilogia de Star Wars, George Lucas não incluísse a fala “Que a Força esteja com você” em nenhum dos filmes, ou como se o Spock não se despedisse dizendo “Vida longa e próspera” no novo Star Trek. É algo inaceitável.

Mas não se deixe levar apenas pelas minhas reclamações de fã. O filme tem virtudes e as interpretações do Peter, de Gwen Stacy e do Lagarto são muito boas. Eles entregam sentimento aos personagens e em muitos momentos superam aquilo que esperávamos ou nos baseávamos no filme anterior. Minha revolta ao falar mais dos defeitos do filme em comparação ao anterior do que exaltar suas qualidades se deve, em parte, por ainda estar com o filme dos Vingadores em mente e esperar algo de qualidade semelhante, o que acabou não acontecendo.

Ao final das contas a Sony (estúdio detentora dos direitos) poderia ter aguardado por uma história melhor antes de fazer o filme. Acertou na escolha do diretor e dos atores, mas pecou na escolha do roteiro. Mas o que os move é o dinheiro. A Marvel Comics, antes de possuir um estúdio próprio, vendeu os direitos de adaptação de certos personagens para outros estúdios. Homem Aranha pertence a Sony, Quarteto Fantástico e X-Men pertencem a Fox e mais um ou outro personagem está nesta situação. Entre as cláusulas do contrato de cessão dos direitos há uma que versa que após um determinado tempo sem novos filmes dos personagens e os direitos retornariam para as mãos da Marvel. Logo ao saber deste detalhe, entendemos o porque do filme ter sido feito mesmo sem possuir a história ideal para fazer um filme nota 10.
Foi bom, mas bem que já poderia estar o novo do Batman em cartaz...

O filme não apagará o anterior de nossas lembranças, muito longe disso, porém merece levar uma nota 7,5.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Ausente, mas por um bom motivo...

Pois é pessoal, sei que ando ausente e sem postagens atuais no blog, mas garanto que é por um ótimo motivo: Férias em família.

Em breve estarei retomando a rotina de postagens e já comentarei sobre um dos lançamentos da temporada que pude conferir em um ótimo cinema.

Abaixo as provas do crime.

Procurando boas promoções


Um pouco de cultura

Realizando sonhos

E fazendo parte dos sonhos...

Eu vou lhe fazer uma proposta que ele não pode recusar

Qual era o seu segredo?


Você sai em Blu-ray este ano, então...

O melhor do Oeste

Esta foto ela jamais vai esquecer

Minhas mulheres-gato

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Inverno de séries


Aproveitando os dias frios, em que é ótimo para se ficar em casa, estou colocando algumas séries em dia, assistindo outras conforme estão sendo lançadas e conferindo algum filme ou outro. No momento oportuno procurarei postar com mais calma.

Uma das séries que retornou agora é Falling Skies, em sua segunda temporada. A série que teve sua primeira temporada bastante dividida entre público e crítica, não chegou a ser unanimidade, mas conseguiu boa audiência a e agora retorna em sua segunda temporada. Até o momento conferi os dois primeiros episódios e posso dizer que ela voltou muito melhor do que terminou. As histórias apontam para um novo rumo, situações novas e uma nova abordagem. Torço para que a série consiga manter a audiência e melhorar em relação à ela mesma, a fim de ter seu público aumentado e quem sabe, ao final, uma nova temporada confirmada. Até o momento, parece estar no caminho certo.


Quem retornou também, e claro, eu estou acompanhando, foi a quinta temporada de True Blood.
Conforme eu já havia comentado quando do término da temporada passada, a série vinha de uma terceira temporada muito fraca e uma quarta temporada que não chegou a ser empolgante, porém teve muitas promessas para esta nova empreitada.
Posso dizer que algumas deles estão sendo muito bem cumpridas e outras já me frustraram no primeiro episódio. Porém no balanço geral ela está melhor que as duas temporadas anteriores e a tendência é que continue neste ritmo. Até agora temos 5 episódios e eles estão muito satisfatórios. Novos personagens, novos mitos e novas provocações. Afinal, sem isso, não seira True Blood.

Continuo tentando assistir outras séries que eu já deveria ter terminado, como a sexta temporada de Dexter, mas como eu gosto muito de assistir acompanhado de minha esposa e ela não assiste todos os dias, ainda estou indo devagar com a série. Coloque na conta também que assim que terminar Dexter devo partir para Spartacus e Homeland. Assim o inverno será bastante convidativo.