quinta-feira, 31 de maio de 2012

John Carter - Entre dois Mundos

Tentei assistir este filme no cinema, mas ele ficou muito pouco tempo em cartaz e quando percebi já não estava mais disponível.
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Havia lido algumas notas a respeito deste filme antes de seu lançamento e fiquei muito interessado em assistir. Logo que o mesmo foi lançado, não resisti e li algumas opiniões a respeito, no qual a crítica especializada falou muito mal do filme, que também acabou indo muito mal em termos de bilheteria, tornando-se um fracasso comercial da Disney, ficando com bilheteria muito abaixo do esperado. Segundo comentários, a arrecadação em bilheterias ao redor do mundo não teria sido suficiente sequer para cobrir os custos de produção do filme.

Agora consegui baixar uma versão do filme em alta definição, com uma imagem fantástica em 720p. Imagem clara, limpa e praticamente perfeita. Mesmo em cenas de muito movimento ou sombrias a imagem mantêm-se consistente o tempo todo e não se percebe defeitos na película. Nem mesmo nas, muitas, cenas com efeitos especiais. O som em DTS também é muito bom, com graves muito bem utilizados e as sourround’s exigidas em muitas cenas, em especial nas cenas de chuva onde nos sentimos muito inclinados a pegar um guarda-chuvas. Excelente som.

Sinopse:
O soldado americano John Carter (Taylor Kitsch), para a tristeza de seus parentes, faleceu no planeta Terra. Contudo, para a alegria de outros, ressuscitou em Marte. Agora, em meio a uma guerra civil no planeta vermelho, habitado por seres de cor verde e criaturas gigantescas, ele é visto como a única esperança de ajudar a princesa Deja Thoris (Lynn Collins) a salvar o seu mundo, numa batalha que mudará para sempre o seu destino.

Baseado na obra de Edgar Rice Burroughs, o mesmo criador de Tarzan, John Carter foi criado em 1912 e foi protagonista em uma série de revistas e depois em uma série de livros (A Princesa de Marte) de seu autor. A obra original até então havia permanecido inédita no Brasil e só foi lançada recentemente devido à divulgação do filme. Mesmo sem haver lido a obra, tinha algum conhecimento de sua história. A indústria tenta levar a história para as telas há quase cem anos. Motivo pelo qual estava ansioso por assisti-la. 

Quando li as críticas negativas sobre o filme, logo me veio um pensamento à mente: o filme deve ser muito bom. Rsrs Resumindo, dane-se a crítica. Quem gosta do gênero do filme irá amá-lo. É claro que o filme não é perfeito e possui alguns deslizes. Mas qual filme não os têm? As vezes sendo melodramático e com diálogos forçados (como “o sangue de meu pai me impulsiona”) o filme agrada e muito. Os atores parecem muito bem soltos em seus papéis e os personagens fluem muito bem. Os efeitos especiais foram muito bem feitos e justificam os mais de US$ 200.000.000,00 investidos no filme.  

A linda Princesa de Marte

Muitas críticas e impressões sobre o filme falam de uma história batida e já vista em vários filmes anteriormente, e colocam este motivo como o ponto principal para a recepção fria e negativa do filme. Desde Lawrence da Arábia, Um homem chamado Cavalo, O Último Samurai, Pocahontas e até Avatar, essa trama, de um estranho recém chegado comprar a briga de outros e assumir um papel de destaque, sempre foi bastante explorada pelo cinema. E aqui vemos mais uma versão desta trama, com alguns ajustes que foram feitos aqui e ali para tentar apresentar algo de novo na história.

O ponto esquecido pela maioria, é que John Carter é uma história criada no início do século passado e que ela foi a obra que inspirou muitas outras, incluindo as citadas acima. Então esta desculpa não me convence. Ou a trama seria totalmente desvirtuada passando a ser apenas uma referência à história da Princesa de Marte ou então ela, fatalmente, teria de enfrentar este questionamento. A escolha dos produtores foi exatamente esta, a de não fugir de sua origem e apostar no competente desenvolvimento para buscar a aceitação.

Outras críticas negativas falam da absoluta falta de pesquisa para fazer um filme ambientado em Marte (Barsoon para quem já o assistiu), mostrando situações e paisagens impossíveis com o conhecimento que hoje possuímos do nosso planeta vizinho. Apenas esqueceram que toda a situação posta no filme advém do conhecimento que o homem imaginava possuir a cerca de 100 anos atrás. Logo, não devemos esperar fidelidade científica em qualquer grau que seja.

Resumindo, todas as críticas que li não me desanimaram e ao assisti-lo fiquei encantado com o desenrolar da história. Achei o filme muito bem feito e um entretenimento de primeira qualidade. Talvez a única decepção para quem conheça um pouco mais da obra seja a ausência de cenas mais picantes e provocantes, pois nos painéis divulgados à exaustão pela internet e em outras obras de ficção/fantasia, sempre que se falava da Princesa de Marte, o que mais se vê é a princesa quase sempre seminua, ou insinuando situações muito mais ousadas, o que não acontece no filme. O que é totalmente plausível em um filme produzido pelos estúdios Disney que visa uma classificação etária baixa.

John Carter possui efeitos visuais impressionantes, deixando claro que valeu a pena esperar mais de 77 anos (desde o primeiro projeto) para ver o personagem no cinema. As criaturas presentes em Marte são extraordinárias e muito bem desenvolvidas. Possuem o mesmo mérito dos Na'vi de Avatar, que é o fato de transmitirem certa naturalidade, algo sensacional para uma figura fictícia. Tal semelhança não é mera coincidência, afinal ambas as espécies foram desenvolvidas pela Legacy Effects, que nos últimos anos também foi responsável pela armadura do Homem de Ferro e pelos extraterrestres de Cowboys & Aliens.
Ação, aventura e fantasia na dose certa

 A trilha sonora também é um dos elementos que merece aplauso. A trilha foi de responsabilidade de Michael Giacchino, grande parceiro de J.J. Abrams, com quem trabalhou em Lost, Star Trek e Super 8. Ele foi bem sucedido na construção de uma trilha clássica e ao mesmo tempo épica. Em alguns momentos, vê-se até uma referência a 2001 - Uma Odisséia no Espaço.


John Carter: Entre Dois Mundos é um bom primeiro trabalho de Andrew Stanton no cinema live action (antes só havia feito animações da Pixar, como Procurando Nemo e Wall-E). Possui um belíssimo visual e consegue capturar o interesse do espectador para este novo mundo. Uma simples, mas bela, aventura sobre um homem que faz a diferença mesmo quando luta para ficar em cima do muro.

Merece pelo menos uma nota 8,5.

Release baixado: John.Carter.2012.720p.BluRay.x264.DTS-HDChina

domingo, 27 de maio de 2012

Poder sem limites


Assisti alguns dias atrás este excelente filme no já batido gênero de origem de super-herói. Embora aqui não seja uma adaptação de alguma história em quadrinhos (HQ), muitos dos clichês do gênero estão presentes. Porém temos aqui uma abordagem até então inédita e muito bem sucedida.

Sinopse:  'Poder sem Limites' é um filme de super-herói, criado e contado sob a perspectiva de um garoto de 17 anos, por meio de sua câmera. Todos sonham em ter superpoderes, mas o que acontece quando não se está preparado para lidar com eles? Neste filme, três adolescentes comuns, repentinamente, são capazes de fazer coisas que nunca imaginaram ser possível. No início, eles se divertem, mas quando as pegadinhas tornam-se perigosas, os três amigos terão de lidar com a responsabilidade que virá com estes poderes extraordinários.

De saída não me interessei muito pelo filme, principalmente ao perceber que o diretor fez a opção de criar o filme como se fosse, o tempo todo, filmado por um dos personagens. Este tipo de narrativa, com a câmera na mão, foi utilizado em A Bruxa de Blair, Cloverfield e Atividade Paranormal e eu não me interesse muito por esta escolha. Não gosto. Embora aqui ela não atrapalhe. Na verdade ela acaba auxiliando a nos tornar mais íntimos dos personagens e permite termos conhecimento de seus dramas pessoais.

Apesar de toda a tentação de fazer “apenas mais um” filme de super-herói, o diretor vai no caminho oposto e entrega uma obra bastante original que foge das opções fáceis. A partir desta escolha podemos acompanhar os personagens descobrindo seus poderes e aprendendo a utilizá-los de maneiras mais naturais possíveis, sem a mesmice que seria inevitável em outra obra qualquer.

Até mesmo a “câmera na mão” vai sendo alvo dos poderes do garoto e acaba melhorando a imagem e amenizando o efeito que eu não gosto. Um ponto positivo para o diretor nesta ótima ideia.

O filme bebe na fonte de Akira e entrega cenas que nos farão relembrar tanto da animação quanto da HQ, sem no entanto parecer um plágio. A presença da cultuada obra é sentida em várias sequências do filme, com destaque especial para a incrível sequência do hospital.



Até a metade do filme acompanhamos os personagens se desenvolvendo, como já comentei, e as cenas que demonstram essa evolução são todas muito criativas e inéditas. Veja a sequência dos dentes após o bullyng, ou a tentativa de um nerd tornar-se uma pessoal popular e sociável.  A sequência de futebol americano nas nuvens em particular é inspiradora e muito bem feita.

E mesmo demorando a engrenar ou entregar cenas de ação convincentes, quando isso acontece temos aquele sentimento de que a espera valeu a pena. Os efeitos especiais são excelentes, as situações postas não são conflitantes com o que acompanhamos desde o começo do filme e temos a oportunidade de curtir um filme muito bem feito. Bem enraizado em seus conceitos e desenvolvido de uma maneira que não somos desrespeitados com a desculpa de uma liberdade artística. A sequência final nos faz perder o fôlego e merece entrar na lista das sequências de ações muito bem feitas nos filmes do gênero.

Fica a recomendação para quem gosta deste estilo de filme. Uma nota 8 fica de excelente tamanho, ainda mais em uma obra sem atores famosos ou diretor de ponta.

Conferi a cópia recentemente, então pude desfrutar de uma imagem impecável em alta definição e um som DTS muito bem distribuído, que apenas colaboram para uma apreciação melhor para o filme. O qual, ressalto, merece ser visto mais de uma vez.

Release baixado: Chronicle.Director's.Cut.2012.720p.BluRay.x264.DTS-WiKi

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Person of Interest – Finale


Assisti esta semana ao final da temporada desta série estreante na TV americana.

Esta é mais uma série que leva a assinatura de J.J. Abrams. Apenas nesta temporada já tivemos outras séries com a assinatura dele, como Alcatraz que acabou cancelada.  Mas esta saiu-se bem melhor.

Começou interessante e promissora, com aquela tensão de teoria conspiratória no ar. A premissa, interessante: Michael Emerson (o Ben de Lost) junta-se a Jim Caviezel (Jesus de A Paixão de Cristo) na trama sobre um ex-agente da CIA, que todos achavam que estava morto, que se une a um bilionário misterioso para impedir que crimes violentos sejam cometidos. Um deles tem o treinamento especial e a experiência de trabalhar em operações secretas, enquanto o outro é um gênio da computação, criador de um programa que usa padrões de reconhecimento para identificar pessoas que estejam prestes a se envolver em crimes violentos. Juntos, eles impedem os crimes, antes que aconteçam.

Com esta ideia a série foi apresentada. Como era de se esperar um primeiro episódio bastante bem feito e muito interessante. Porém logo imaginei que os episódios que viriam a seguir apresentariam o velho e batido “em perigo” da semana.

A série, é bem verdade, não fugiu disto. A cada semana víamos nossos protagonistas tendo de lidar com mais um crime a ser impedido, antes que viesse a acontecer. E logo os primeiros 3 ou 4 episódios se mostraram muito bons. Mantiveram o nível apresentado no piloto. Porém os próximos episódios deram uma enrolada geral na série que cheguei a cogitar em abandonar ainda no início, porém persisti.

E que bela aposta eu fiz. Antes do décimo episódio a série recuperou o ritmo e a partir daí só melhorou. Tivemos episódios excelentes, que se não eram inesquecíveis, pelo menos prendiam nossa atenção do início ao fim. Todos muito coesos e bem amarrados, bem como fincados em uma bela dose de realismo. Os personagens principais cresceram, tiveram suas histórias aprofundadas. Os coadjuvantes se destacaram e muito. Ou alguém não desenvolveu simpatia pelo Detetive Fusco (Kevin Chapman) ou mesmo sentiu-se entristecido ao vê-lo ter seu progresso desmerecido (como ele mesmo disse, gostou de ser o mocinho).

A meu ver, o maior acerto da série, que, diga-se de passagem, foi uma das campeãs de audiência da temporada, foi ser desenvolvida totalmente com episódios fechados. No estilo de CSI ou Law & Order. Assim mesmo quem vê a série pela primeira vez não se sentirá perdido e poderá curtir em ótimo episódio. Aqui não existe aquela importância absurda com a cronologia como em outras séries, que, se você não a acompanha semanalmente ficará sem entender o episódio ou as motivações dos personagens. A própria abertura da série já nos situa dentro do contexto.

Claro que há ligações entre os episódios e podemos ver a evolução dos personagens a cada episódio, mas isso não é uma obsessão e a trama sai enriquecida. Com certeza esta opção foi determinante para seu sucesso.

Após o hiato, normal na TV americana, a série retornou ainda melhor e engrenou uma sequência de ótimos episódios que culminaram em um final e temporada excelente e que nos deixou ansiosos pela sequência.

Particularmente adorei a série e a recomendo. Um excelente entretenimento que cumpriu o que prometeu e conseguiu ir além. Já foi renovada para uma segunda temporada e que esta venha recheada de novos CPF’s.


Abaixo, veja dois diálogos marcantes dos coadjuvantes que não posso ficar sem destacar, que são impagáveis:



Fusco: Sabe de uma coisa, Carter, já faz um tempo que estamos trabalhando juntos. Meus amigos me chamam de Lionel. Qual é o seu primeiro nome?
Carter: Detetive.
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Fusco: Carter está atrás de você. Diabos, ela provavelmente vai te pegar. Por que você está gastando tanto tempo tentando protegê-la?
Reese: Ela é uma boa policial. Boa pessoa. Diabos, você deveria tentar isso um dia, Lionel.


PS. Como puderam perceber, finalmente estou conseguindo por as séries em dia. E em breve, os filmes também.

domingo, 20 de maio de 2012

The Walking Dead – Finale


Finalmente pude colocar em dia esta série que não decepciona.

É baseada em uma história em quadrinhos, que eu pude ler várias edições entre o hiato do final da primeira temporada e o começo da segunda. Quanto a isso posso dizer que a série é “baseada” e não uma adaptação. Há muitas concessões feitas na transposição para o seriado, além de haver coisas que funcionam muito melhor na tela e acabam por tomar rumos diferentes do apresentado no material original.

Uma delas é a aceitação do público a certos personagens, que acabam ganhando mais tempo de tela do que recebem nas HQ’s. O contrário também acontece, onde personagens com destaque na HQ na série são mal aproveitados e praticamente só fazem figuração, não é T-Dog?

Se a primeira temporada teve apenas 6 episódios e agradou público e crítica, as expectativas para esta nova temporada estavam altas. E neste aspecto ela foi inferior a primeira temporada. Com 13 episódios ao invés de 6, o espaço de desenvolvimento foi bem maior e um arco que nas HQ’s não durou mais do que 5 edições aqui toma a temporada inteira. É claro que aqui falo da permanência dos personagens na fazenda de Hershel.

Mesmo com os cortes de orçamento e a perda (demissão para corte de custos) de roteiristas importantes, entre eles o diretor Frank Darabont a série conseguiu se sair bem e entregar uma segunda temporada bem equilibrada. Não foi a perfeição que se tornou a primeira, mas não podemos condenar a equipe produtiva. Trabalharam com o que tiveram em mãos e se saíram muito bem.

Apesar de a série girar em torno de mortos-vivos, ela não cai no caminho fácil. Ela é uma série sobre pessoas e seus relacionamentos num mundo devastado. Por vezes os falados mortos-vivos quase não aparecem no episódio inteiro, porém isso não torna a série cansativa ou enrolada em momento algum. Claro que quem espera apenas mortes e situações bizarras irá se decepcionar. Mas o objetivo aqui é claro: contar uma boa história com um plano de fundo apocalíptico. O que por vezes leva nossos personagens a sequências inéditas e muito bem boladas. A tensão em muitos episódios chega a nos deixar arrepiados.

Os episódios, num resumo grosseiro, foram todos bem trabalhados e satisfatórios, porém posso dizer que três deles foram muito acima da média, com um em especial que considero o melhor de toda a série (o episódio 07 – Pretty Much Dead Already) que teve um final bombástico, que me deixou boquiaberto e ansioso pela sequência. Algo muito bem feito e avassalador. Quem assistiu, sabe do que falo. Animal.

Pelo final da temporada e baseado no que li nos quadrinhos, a terceira temporada promete manter o nível, mas com boas chances de melhorar ainda mais. O que está por vir promete muito.

Seriado excelente e recomendadíssimo.

Apenas para constar, e responder uma pergunta que me foi feita, assisto as séries todas em alta definição. Como eu sempre falo das imagens e sons dos filmes e não comentava sobre esses aspectos das séries fui questionado. Coloco aqui o seguinte:  nos EUA, diferente do que acontece aqui no Brasil, a alta definição na TV é uma realidade extensiva. Praticamente todo o país possui e estão convivendo com esta tecnologia a mais tempo do que nós. Então todas as séries são produzidas em alta definição e muitas delas com som 5.1. Então na internet encontramos os episódios das séries em arquivos Divx com qualidade próxima do DVD com tamanho médio de 400 megas e os arquivos MKV capturados em alta definição, com tamanho em torno de 1,2 Gigabytes e qualidade excelente. São estes arquivos que eu  procuro baixar e conferir as séries que gosto.

sábado, 19 de maio de 2012

Finale – The Vampire Diaries


E já que estamos falando em séries, finalmente estou conseguindo a começar a colocar em dia as séries que costumo acompanhar.

E The Vampire Diaries é uma das preferidas, que não deixei atrasar a acompanhei junto com a audiência americana.

Como falei em post anterior sobre a série, a primeira temporada foi uma surpresa, e no bom sentido, pois a série se sobressaiu. A segunda temporada foi uma bela afirmação. Mas a terceira que chegou ao final semana passada foi incrível. Além de não decepcionar, conseguiu superar a segunda temporada. E isso não era tarefa fácil.

Eu havia ficado com um pé atrás depois que True Blood teve uma primeira temporada fantástica. A segunda tinha tudo para superar a primeira, mas derrapou no final. E a terceira temporada foi ainda mais fraca. Mas aqui, a qualidade vem numa crescente e os criadores da série conseguem nos surpreender e entregar um episódio melhor que o outro.

Confesso que li apenas o primeiro livro em que a série é baseada. Então não sei dizer o quanto a série, atualmente falando, tem bebido na fonte dos livros. Mas o resultado é extremamente positivo.

Se você gosta de acompanhar séries e neste final de temporada americana está ficando sem opções, fica o convite. Experimente conhecer, e fatalmente se verá hipnotizado pela série como um humano sem verbena diante de um imortal.

Apesar da série, na verdade todo o canal CW, ser direcionado ao público adolescente, algumas séries se destacam e conquistam imenso público de várias faixas etárias. Este é um exemplo que vale a pena ser conferido.

O episódio final (season finale) foi muito bom, um dos melhores da série. Com ótima utilização dos flashbacks que nos deixam conhecer melhor os detalhes do passado da nossa protagonista e nos revelou um segredo guardado até então. O qual acredito que não foi em vão, ele deve vir a tona na quarta temporada. Pois o gancho final é de deixar todo mundo ansioso e de cabelo em pé para ver que rumo as coisas tomarão agora.

Temporada nota 10! Com a trama muito bem desenvolvida, sem ser cansativa ou arrastada em nenhum momento. As sementes da temporada foram plantadas lá na temporada anterior e tiveram um desenvolvimento muito bom. Foram 22 episódios em sua maioria acima da média. Apenas um ou outro ficaram abaixo da média. No geral, excelente. E um final de temporada que promete muitas oportunidades para o retorno da série, lá por volta do mês de setembro. Aguardaremos ansiosos.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Séries de Ficção em extinção


O que está acontecendo com as séries de ficção científica é uma pergunta atual e que tem inquietado todos os fãs do gênero. E esta pergunta me vem à cabeça justamente quando mais uma série do gênero foi cancelada: Alcatraz.

Na verdade as adoradas séries deste gênero maravilhoso que nos levam a outros mundos e situações únicas nunca foram um terreno fértil do ponto de vista financeiro, que tivesse alta audiência e grandes anunciantes. Mesmo as séries clássicas e idolatradas até hoje sofreram deste mal. Vide Star Trek e Perdidos no Espaço, que se não me falha a memória tiveram apenas 3 temporadas cada. Mesmo que hoje em dia elas sejam consideradas cult, quando estavam no auge sofreram com boicotes, ameaças constantes de cancelamento e outros afins. Outras séries famosas nos anos 80 e 90 não chegaram ter uma quantidade expressiva de temporadas, como por exemplo O Homem de 6 milhões de dólares, Mulher Biônica, Trovão Azul, Águia de Fogo, Moto Laser, Seaquest. Algumas inclusive chegaram a ser canceladas e retornaram depois de algum tempo devido aos pedidos insistentes dos fãs, dando continuidade às suas tramas, ou mesmo remodeladas para tentarem corrigir o que na visão dos executivos seriam suas falhas, e tentando arrebanhar novos fãs que permitissem uma audiência que agradasse aos produtores.


Recentemente a série Jericho foi o exemplo mais recente deste fato recorrente, pois foi cancelada em sua primeira temporada, porém devido a milhares de cartas, e-mails e “amendoins”, acabou retornando à grade da emissora CBS, porém mesmo assim a audiência não aumentou e a série foi cancelada de vez. Pelo menos sabendo do risco que corria de ser novamente cancelada, a maior parte do enredo da série foi concluída.

Claro que houveram exceções, como Arquivo X e recentemente Smallville e Lost, mas foram muito poucas

Nos últimos anos Flashforward, The Event,V, Terra Nova e agora Alcatraz, apenas para falar das mais famosas, foram sumariamente canceladas sem terem a chance de sequer terminarem e explicarem coerentemente seus arcos.

Concordo que um canal de TV aberto (sim lá nos EUA a maioria das séries são produzidas em canais abertos) deve ter retorno financeiro e anunciantes que justifiquem a série se manter no ar. Porém muitas vezes não é dado o devido tempo para a série desenvolver-se e manter sua audiência cativa. Flashforward e The Event começaram muito badaladas, mas depois dos primeiros episódios introdutórios começaram a enrolar suas tramas, fazendo a audiência despencar. Sofreram ameaças de cancelamento, retornaram após o hiato com episódios bem melhores, porém a audiência já havia sido perdida e não se recuperaram mais.  Já a série V, que eu aguardei com ansiedade devido a ser fã da série original dos anos 80, a qual possuo em DVD importado, sempre prometeu muito e entregou pouco. Jamais vi batalhas nela que sequer lembrassem as perseguições aéreas que víamos na série original e os tiroteios a laser. Mereceu ser cancelada.

Sobre Alcatraz eu já havia comentado quando postei sobre o encerramento da temporada que não apostava em seu retorno para uma nova temporada e dei meus motivos, pelo visto estava certo.

Algumas outras séries começaram de maneira fantástica, como Heroes, que chegou a abalar a audiência de Lost e foi a melhor primeira temporada de uma série de ficção. Agradou público, crítica e manteve a audiência lá em cima. Porém a euforia acabou logo na segunda temporada da série que fez a audiência despencar e a qualidade das histórias foi junto. A série foi decaindo até ser cancelada após a quarta temporada.
Esta foi minha favorita: Águia de Fogo

Respondendo à pergunta de meu amigo Jesus Ferreira, do blog Zona Franca Comics, acredito que os motivos para os cancelamentos estão interligados. Alguns esperam sucesso imediato do início ao fim, o que é injusto, visto que mesmo Lost teve temporadas bastante criticadas, como a terceira.  Outros esperam que audiência se mantenha e traga anunciantes expressivos e outros esperam suprir o espaço deixado por Lost, porém esquecem-se de que a série foi um fenômeno e começou como uma desconhecida e ganhou a sua fama pelo boca-à-boca. Só fui gostar mesmo da série depois de alguns episódios, pois se dependesse somente do episódio piloto eu teria desistido.

Outra possível resposta para a queda da audiência, é que a maior parte da audiência tem preguiça de pensar e preferem séries de fácil solução. Não por acaso as séries com melhor audiência lá nos EUA são aquelas que podemos assistir episódios isolados, mesmo sem acompanhar a série sempre. As famosas Sitcons e séries como House, CSI e The Big Bang Theory. Séries que apesar de serem muito boas, permitem espectadores eventuais que não precisam acompanhar a vida dos personagens para se divertirem. Já em ficção, devido ao tema mais profundo que exige explicações para o desenrolar da trama, que muitas vezes acaba demorando vários episódios, a audiência muitas vezes não tem paciência de esperar. Mesmo quando o resultado final compensa. Uma pena.
Esta marcou uma geração: V e V - A Batalha Final
Quem esquece da Dayana e os ratos?

A exceção hoje em dia, se chama Fringe. E mesmo ela vem sendo ameaçada de cancelamento a pelo menos dois anos. Atualmente encontra-se na sua quarta temporada e teve a confirmação de ser renovada para uma quinta e última temporada. É a série puramente de ficção que melhor representa o gênero hoje em dia.

Mesmo apostas recentes em reviver séries antigas da década de 70 nos dias de hoje escorregaram e tiveram seus cancelamentos decretados. Foi assim com as novas versões de A Supermáquina, que achei fraco mesmo, A Mulher Biônica, a qual gostei bastante e achei injusto o seu cancelamento e a nova versão de As Panteras.

Ainda bem que apesar de tudo isso, ainda temos algumas séries que se não são puramente ficção, mesclam gêneros e nos entregam ótimo entretenimento, como The Walking Dead, The Vampire Diaries, True Blood e Supernatural.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Receiver Samsung HW-D650s


Depois de muita pesquisa e de muito namoro, acabei efetuando a tão esperada troca do meu Home Theater por um novo.
Clique nas fotos para ver em tamanho maior


O velho guerreiro, HT-Z220, nunca me deixou na mão, mas sempre me deixou decepcionado principalmente pela falta de conexões para dispositivos adicionais. Por causa dele, acabei tendo de fazer uma escolha um tempo atrás. Como ele possuía apenas uma entrada auxiliar estéreo e uma entrada digital optica eu precisei escolher o que conectar nele. Ou ligava o Blu-Ray player ou ligava o WDTV, pois ambos possuíam as saídas HDMI e optica, porém como o HT só possuía uma única entrada optica e nenhuma HDMI, o jeito era ligar um ou outro. Aconteceu que acabei me desfazendo do WDTV por não estar utilizando ele devido a esta limitação.




Entradas adicionais agora sobram

Agora com equipamento novo, entradas digitais é o que não faltam. O Receiver possui 4 entradas HDMI, 3 entradas digitais opticas, 1 entrada digital coaxial e algumas entradas auxiliares estéreo. Ainda possui conector para IPod e iPhone e entrada para conectar um subwoofer ativo.
Só HDMI temos 4, mais 3 opticas e 1 coaxial

Além das entradas, o principal ganho na troca, foi a possibilidade que o receiver possui de decodificar áudio HD. Nas tecnologias mais recentes antes dos blu-ray o máximo de qualidade de áudio que um DVD pode possuir é uma trilha DTS e uma Trilha Dolby Digital, que assim como a imagem, sofrem compressão de dados para que possam caber no disco (de no máximo cerca de 9 gigas), desta forma, se perdem muitos detalhes da trilha sonora. Como o disco Blu-Ray possui cerca de 50 gigabytes de espaço de armazenamento, a imagem é muito menos comprimida (cerca de 6x melhor que a do DVD) e o áudio pode ser incluso com mais qualidade, nas chamadas trilhas de alta definição, conhecidas principalmente como DTS HD (Master Audio e High Resolution) , Dolby TrueHD e Dolby Digital Plus.
Blu-Ray Player e SKY HD conectados via HDMI


Posso garantir que a qualidade sonora é muito melhor, apesar que muita gente nem repara nisso. Mas ao ouvir o áudio de alta definição, daqueles filmes que eu gosto e já assisti diversas vezes, pude notar em sons que nunca antes havia percebido. Muito mais detalhes sonoros e uma potência muito mais consistente, se pode ser definida desta forma.
O conjunto todo montado

O Receiver em questão não é top de linha (muito longe disso), mas já é considerado o melhor custo benefício que se encontra no mercado brasileiro. Além de decodificar as trilhas HD presente nos discos BD, possui diversos perfis pré-programados para serem aplicados em trilhas diversas. É bonito e elegante, aparentando robustez.
Telecine com som 5.1

No mercado internacional ele regula de preço com os receiver’s de entrada de linha da Onkyo, Yamaha e Pioneer. A vantagem é que aqui no Brasil apenas o Onkyo s3400 é mais facilmente encontrado, porém custando cerca de 50% mais caro que este da Samsung. O conjunto da Onkyo possui caixas de som melhor construídas, que devem render uma melhor qualidade no geral, porém ele não possui a entrada para ligar um Subwoofer ativo, que é a melhor atualização que alguém pode dar a um home theater de entrada de linha, melhorando o som consideravelmente. Como o modelo da Samsung possui tal entrada, é um ponto positivo que deve ser considerado sim.
Até Libertadores na FoxSportsHD tem som 5.1

Fica a dica e a recomendação para todos que desejarem e puderem investir em seu entretenimento doméstico. Ainda estou curtindo o equipamento e fazendo diversos testes. Liguei nele o blu-ray player e o decoder da SkyHD. Somente alegrias desde a aquisição.