quarta-feira, 23 de maio de 2012

Person of Interest – Finale


Assisti esta semana ao final da temporada desta série estreante na TV americana.

Esta é mais uma série que leva a assinatura de J.J. Abrams. Apenas nesta temporada já tivemos outras séries com a assinatura dele, como Alcatraz que acabou cancelada.  Mas esta saiu-se bem melhor.

Começou interessante e promissora, com aquela tensão de teoria conspiratória no ar. A premissa, interessante: Michael Emerson (o Ben de Lost) junta-se a Jim Caviezel (Jesus de A Paixão de Cristo) na trama sobre um ex-agente da CIA, que todos achavam que estava morto, que se une a um bilionário misterioso para impedir que crimes violentos sejam cometidos. Um deles tem o treinamento especial e a experiência de trabalhar em operações secretas, enquanto o outro é um gênio da computação, criador de um programa que usa padrões de reconhecimento para identificar pessoas que estejam prestes a se envolver em crimes violentos. Juntos, eles impedem os crimes, antes que aconteçam.

Com esta ideia a série foi apresentada. Como era de se esperar um primeiro episódio bastante bem feito e muito interessante. Porém logo imaginei que os episódios que viriam a seguir apresentariam o velho e batido “em perigo” da semana.

A série, é bem verdade, não fugiu disto. A cada semana víamos nossos protagonistas tendo de lidar com mais um crime a ser impedido, antes que viesse a acontecer. E logo os primeiros 3 ou 4 episódios se mostraram muito bons. Mantiveram o nível apresentado no piloto. Porém os próximos episódios deram uma enrolada geral na série que cheguei a cogitar em abandonar ainda no início, porém persisti.

E que bela aposta eu fiz. Antes do décimo episódio a série recuperou o ritmo e a partir daí só melhorou. Tivemos episódios excelentes, que se não eram inesquecíveis, pelo menos prendiam nossa atenção do início ao fim. Todos muito coesos e bem amarrados, bem como fincados em uma bela dose de realismo. Os personagens principais cresceram, tiveram suas histórias aprofundadas. Os coadjuvantes se destacaram e muito. Ou alguém não desenvolveu simpatia pelo Detetive Fusco (Kevin Chapman) ou mesmo sentiu-se entristecido ao vê-lo ter seu progresso desmerecido (como ele mesmo disse, gostou de ser o mocinho).

A meu ver, o maior acerto da série, que, diga-se de passagem, foi uma das campeãs de audiência da temporada, foi ser desenvolvida totalmente com episódios fechados. No estilo de CSI ou Law & Order. Assim mesmo quem vê a série pela primeira vez não se sentirá perdido e poderá curtir em ótimo episódio. Aqui não existe aquela importância absurda com a cronologia como em outras séries, que, se você não a acompanha semanalmente ficará sem entender o episódio ou as motivações dos personagens. A própria abertura da série já nos situa dentro do contexto.

Claro que há ligações entre os episódios e podemos ver a evolução dos personagens a cada episódio, mas isso não é uma obsessão e a trama sai enriquecida. Com certeza esta opção foi determinante para seu sucesso.

Após o hiato, normal na TV americana, a série retornou ainda melhor e engrenou uma sequência de ótimos episódios que culminaram em um final e temporada excelente e que nos deixou ansiosos pela sequência.

Particularmente adorei a série e a recomendo. Um excelente entretenimento que cumpriu o que prometeu e conseguiu ir além. Já foi renovada para uma segunda temporada e que esta venha recheada de novos CPF’s.


Abaixo, veja dois diálogos marcantes dos coadjuvantes que não posso ficar sem destacar, que são impagáveis:



Fusco: Sabe de uma coisa, Carter, já faz um tempo que estamos trabalhando juntos. Meus amigos me chamam de Lionel. Qual é o seu primeiro nome?
Carter: Detetive.
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Fusco: Carter está atrás de você. Diabos, ela provavelmente vai te pegar. Por que você está gastando tanto tempo tentando protegê-la?
Reese: Ela é uma boa policial. Boa pessoa. Diabos, você deveria tentar isso um dia, Lionel.


PS. Como puderam perceber, finalmente estou conseguindo por as séries em dia. E em breve, os filmes também.

Um comentário:

  1. Muito bom, meu caro. Esta, junto com Justified, são as séries que tenho mais ou menos seguido e recomendado aos amigos.
    Abraço
    Jesus Ferreira

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