Finalmente pude colocar em dia esta série que não
decepciona.
É baseada em uma história em quadrinhos, que eu pude ler
várias edições entre o hiato do final da primeira temporada e o começo da
segunda. Quanto a isso posso dizer que a série é “baseada” e não uma adaptação.
Há muitas concessões feitas na transposição para o seriado, além de haver
coisas que funcionam muito melhor na tela e acabam por tomar rumos diferentes
do apresentado no material original.
Uma delas é a aceitação do público a certos personagens, que
acabam ganhando mais tempo de tela do que recebem nas HQ’s. O contrário também
acontece, onde personagens com destaque na HQ na série são mal aproveitados e
praticamente só fazem figuração, não é T-Dog?
Se a primeira temporada teve apenas 6 episódios e agradou
público e crítica, as expectativas para esta nova temporada estavam altas. E
neste aspecto ela foi inferior a primeira temporada. Com 13 episódios ao invés
de 6, o espaço de desenvolvimento foi bem maior e um arco que nas HQ’s não
durou mais do que 5 edições aqui toma a temporada inteira. É claro que aqui
falo da permanência dos personagens na fazenda de Hershel.
Mesmo com os cortes de orçamento e a perda (demissão para
corte de custos) de roteiristas importantes, entre eles o diretor Frank
Darabont a série conseguiu se sair bem e entregar uma segunda temporada bem
equilibrada. Não foi a perfeição que se tornou a primeira, mas não podemos condenar
a equipe produtiva. Trabalharam com o que tiveram em mãos e se saíram muito
bem.
Apesar de a série girar em torno de mortos-vivos, ela não
cai no caminho fácil. Ela é uma série sobre pessoas e seus relacionamentos num
mundo devastado. Por vezes os falados mortos-vivos quase não aparecem no
episódio inteiro, porém isso não torna a série cansativa ou enrolada em momento
algum. Claro que quem espera apenas mortes e situações bizarras irá se
decepcionar. Mas o objetivo aqui é claro: contar uma boa história com um plano
de fundo apocalíptico. O que por vezes leva nossos personagens a sequências
inéditas e muito bem boladas. A tensão em muitos episódios chega a nos deixar
arrepiados.
Os episódios, num resumo grosseiro, foram todos bem
trabalhados e satisfatórios, porém posso dizer que três deles foram muito acima
da média, com um em especial que considero o melhor de toda a série (o episódio
07 – Pretty Much Dead Already) que teve um final bombástico, que me deixou
boquiaberto e ansioso pela sequência. Algo muito bem feito e avassalador. Quem
assistiu, sabe do que falo. Animal.
Pelo final da temporada e baseado no que li nos quadrinhos,
a terceira temporada promete manter o nível, mas com boas chances de melhorar
ainda mais. O que está por vir promete muito.
Seriado excelente e recomendadíssimo.
Apenas para constar, e responder uma pergunta que me foi
feita, assisto as séries todas em alta definição. Como eu sempre falo das
imagens e sons dos filmes e não comentava sobre esses aspectos das séries fui
questionado. Coloco aqui o seguinte: nos
EUA, diferente do que acontece aqui no Brasil, a alta definição na TV é uma
realidade extensiva. Praticamente todo o país possui e estão convivendo com
esta tecnologia a mais tempo do que nós. Então todas as séries são produzidas
em alta definição e muitas delas com som 5.1. Então na internet encontramos os episódios
das séries em arquivos Divx com qualidade próxima do DVD com tamanho médio de
400 megas e os arquivos MKV capturados em alta definição, com tamanho em torno
de 1,2 Gigabytes e qualidade excelente. São estes arquivos que eu procuro baixar e conferir as séries que
gosto.
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