terça-feira, 29 de março de 2011

TV's de Plasma ou LCD?

Bem, como hoje é o dia da cultura inútil (final do BBB), tive a TV roubada pela Maria Fernanda que se recusou, com apoio da mãe, a assistirem no quarto, não pude assistir nada de novo no meu canto favorito e não curto esse programa. Por outro lado, ainda estou baixando aqui na net o novo Harry Potter 7.1 (Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1). Ele ainda está por ser lançado em DVD e Blu Ray, mas hoje já surgiu a cópia na internet. Estou baixando a versão em 720p (com seus 6,49 Gb) para poder assistir com ótima qualidade de imagem (HD) e som DTS, mas isso só será a partir de amanhã em diante. Depois de assistir, posto impressões aqui no blog, já que não assisti no cinema pois aqui na cidade só passou em versão dublada, e aí, eu "tô fora"!
Aproveitando essa folga forçada nos filmes e seriados, sobrou um tempinho para postar sobre dois assuntos que volta e meia alguém me pergunta ou pede opinião a respeito. TV's e som. Não que eu seja autoridade no assunto, mas curioso como sou, sempre me mantenho bem informado e tenho algumas opiniões formadas.
- Comecemos pelas TV's. Afinal, qual a melhor? LCD ou Plasma?

Bem, curto e grosso. As duas são excelentes. A melhor, vai depender de onde você vai instalar e o que pretende assistir nelas. Pessoas super exigentes, com olhos bem treinados ou com aparelhos de medição, irão apontar que a plasma é a que possui a melhor qualidade de imagem, principalmente por possuir maior contraste e ser a única tecnologia capaz de reproduzir a cor preta com perfeição (na LCD ao invés do preto, vemos um cinza bem escuro), possuir maior velocidade de refresh (atualizações da imagem na tela) e existir em tamanhos maiores sem ter preços absurdos. O LCD também tem seus defensores, é realmente com ótima qualidade e possui maior brilho e hoje em dia é muito mais difundida.
Vamos analisar agora o local da instalação. Se você pretende instalar em um local onde ela receba luz direta, a LCD é a melhor opção, pois apresenta muito menos reflexo na tela do que a plasma, cujo painel é protegido por um vidro que acaba refletindo muita luz. Se ela ficar em frente a uma janela, a claridade atrapalha bastante. Se você possui um local com iluminação controlada ou se vai assistir mais durante a noite, a plasma é a mais indicada, pois realmente possui qualidade excepcional de imagem e nestas condições é imbatível. Eu assisto mais TV a noite e por isso escolhi a plasma para privilegiar a qualidade de imagem, e para ver durante o dia, precisei instalar uma cortina blackout na janela da sala para poder ter conforto visual.
Sala após a cortina blackout


O que você pretende assistir? Acredito que  para responder a esta pergunta, devemos considerar a nossa realidade local, nossa cidade, Uruguaiana e arredores. O que temos a disposição aqui? TV aberta, TV a cabo analógica, TV via satélite convencional e recentemente TV via satélite com alguns (poucos) canais HD, DVD's, filmes e seriados baixados da internet em Divx (qualidade normal) e MKV (alta definição) e, claro, Blu Ray's. A alta definição somente será alcançada assistindo Blu Ray's, MKV's com conteúdo HD e TV via satélite HD. Com estes conteúdos ambas as tecnologias se saem muito bem e não teremos do que reclamar se a TV estiver bem regulada. Mas e se assim como eu, você também não estiver disposto a pagar cerca de R$ 300,00 mensais por uma assinatura de TV em HD? Como se saem as opções com resolução standard? Neste caso, a plasma se sai muito melhor com imagens em baixa resolução que a LCD. Se ela for bem regulada, a imagem fica muito boa mesmo. Eu perdi muito tempo em pesquisa até encontrar um bom ajuste para a minha Plasma e o resultado ficou muito bom. Mesmo assistindo a programação da RBS a qualidade não decepciona. É claro que não se compara a imagens em alta resolução, mas fica bastante aceitável e muita gente que possui TV's LCD's mais caras que a minha custou, se impressiona com a qualidade das imagens.
Na verdade escuto muita gente reclamar que comprou uma TV nova, com mais tecnologia e a imagem ficou pior do que aquela  que se obtinha antes com uma velha TV de tudo de 29 polegadas. Isso se deve a não ter sido feita uma boa pesquisa antes da compra, não estar se assistindo uma imagem de qualidade e nem haver sido feita uma boa calibragem no equipamento.  As novas TV's não são, em hipótese alguma, piores que as velhas TV's de tubo. Elas podem causar esta impressão justamente por serem muito superiores e terem capacidade de mostrar todos os defeitos da transmissão que recebemos em nossos aparelhos e que não conseguíamos perceber antes justamente pelas limitações que as TV's de tudo possuem. É o conteúdo que recebemos que causa essa impressão, de que a TV é ruim. Quando é ligado nelas um simples aparelho de DVD, caso o filme tenha sido bem autorado (explorado toda a qualidade possível de se obter do DVD), a imagem já será muito boa, talvez a melhor que você já tenha visto se não tiver outra fonte com imagem em HD para poder comparar.

Clique para ampliar
E quanto ao tamanho? 32, 40, 42, 46, 50, 52, 55, 60, 65 polegadas?
Isso depende de dois fatores. O tamanho do ambiente onde você pretende instalar a TV e a distância da tela em que pretende se assentar para assistir.

FullHD ou apenas HDTV? Isso está relacionado com o assunto acima.

Assistindo imagem de qualidade em uma TV bem calibrada, podemos considerar a tabela mostrada na imagem ao lado. No meu caso, tenho uma tela de Plasma de 42 polegadas e costumo sentar a uma distância de 2,5 metros para assistir a programação da Net via cabo e DVD's. Porém quando assisto a imagens em alta definição, posso aproximar o sofá ainda mais, cerca de 2 metros de distância que a imagem não causa cansaço visual e nem perde qualidade, na verdade fica espetacular.
Um DVD possui resolução de 480p (linhas), HDTV possui 720p e FullHD possui 1.080p. A diferença entre 720p e 480p é impressionante e muito perceptiva. Quem experimenta, não quer mais assistir conteúdo em resolução standard. Já a diferença entre 720p e 1080p é bem menor e para ser claramente percebida exige uma tela de tamanho de 50" para cima. Em telas de tamanho menor, só veremos diferenças se pausarmos a imagem e ficarmos procurando defeitos. Dito isso, dimensione seus gastos baseados naquilo que você pretende assistir e onde vai instalar. Se praticamente não assiste TV aberta, quer ver apenas filmes em Blu Ray e gosta de assistir bem de perto da tela para ter a sensação de imersão que antes só tínhamos no cinema, pode comprar a maior tela FullHD que seu bolso puder comprar que o resultado será impressionante. Se sua realidade não é esta, considere estas dicas e planeje melhor sua compra. Afinal, nem sempre comprar tudo do mais caro é o melhor. Comprar um tela FullHD de 50 polegadas se você só gosta de assistir a novela vai causar uma decepção tremenda, pelo menos até a transmissão em alta definição (TV digital) chegar em nossa região, sem esquecer que o prazo para isso é até o ano de 2016, se não for prorrogado.
Considerando isso, porque se ouve falar mais em LCD do que em Plasma?
Simples. O painel de plasma foi patenteada pela Fujitsu, e somente ela e a sua parceira Pioneer podem produzir os painéis livremente. Todos os demais fabricantes precisam pagar royalties a estes fabricantes ou comprar os painéis deles, prontos e apenas colocar suas marcas. Já o LCD foi desenvolvido e patenteado por um grande consórcio de empresas que podem fabricar e vender livremente, sem pagar nada a ninguém por isso. Este é o motivo de as propagandas massificarem o LCD. Porém, ambos são excelentes, não se deixe enganar por propagandas negativas sobre nenhum dos dois. Todos os defeitos do passado que ambas as tecnologias possuíram já não existem mais (como o plasma poder ficar com alguma imagem marcada na tela para sempre ou o LCD ter de ser visto somente diretamente da frente da tela pois dos lados não se veria nada).
As variantes LED e FullLED, são evoluções do padrão LCD que as deixam ainda mais próximas da qualidade das plasma quando vistas nas mesmas condições de igualdade, uma sessão noturna por exemplo.

Bom, o relógio se movimentou depressa demais. Teremos de deixar o segundo assunto, sobre o som, para conversar amanhã!
Fiquem com Deus!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Nimitz de volta ao Inferno (The Final Countdown, 1980)

Essa postagem de certa forma é direcionada ao meu amigo Douglas (Mudinho), autoridade maior quando o assunto é a II Guerra Mundial.
Revi este filme agora em alta definição e com som DTS. Uma nova experiência com certeza.
Nimitz de volta ao Inferno (The Final Countdown, 1980).

A sinopse dele já demonstra ser uma aventura no mínimo original: O Nimitz, um porta-aviões que é equipado com ogivas nucleares, entra por uma fenda do tempo e retorna 40 anos, mais exatamente até o dia 6 de dezembro de 1941, ou seja, na véspera do ataque japonês a Pearl Harbor. O comandante Matthew Yelland (Kirk Douglas) e os tripulantes sabem, assim como um observador civil, Warren Lasky (Martin Sheen), que participando da batalha ela terá outro desfecho, mas em contrapartida a História será alterada.
Assisti pela primeira vez na TV aberta há vários anos atrás. Mesmo com os cortes de sempre promovidos pela Globo, com a péssima dublagem, o filme foi muito interessante.

O elenco muito bem escolhido nos dá um belo filme. Na época o Nimitz era o maior e mais poderoso porta-aviões americano, cheio de aeronaves F-14 Tomcat. Num dia está recebendo a visita de um especialista em história naval da marinha americana, quando é colhido em uma estranha tempestade magnética, mas que se dissipa logo em seguida. Ao verem que não conseguem se comunicar com ninguém, e devido a outros fatores, logo descobrem que o impossível aconteceu. A tempestade era verdade um vórtice temporal que os jogou quase quarenta anos de volta no tempo. Precisamente na véspera do ataque japonês à Pearl Harbor.  Com a ajuda do especialista e dos modernos recursos disponíveis, logo se colocam a par da situação e da localização da esquadra japonesa. O que se vê daí em diante são diversas referências à história verdadeira e fatos fictícios como a do Senador Samuel Chapman, que teria desaparecido na véspera do ataque, caso contrário teria sido o próximo presidente americano, que fazem com que o filme ganha muita dinâmica e se torne convincente.

As cenas dos aviões no porta-aviões e no ar são muito bem feitas, principalmente a batalha de alguns F-14 com alguns "zeros" japoneses, simplesmente de fazer a imaginação voar solta. A batalha interna a que o comandante Matthew Yelland é submetido também é bastante convincente: defender seu país com a arma mais poderosa da marinha americana e mudar a história ou assistir, impassível o massacre se repetir? Enfim, um filme que vale a pena ser descoberto por quem não o conhece.  Não é fácil de encontrar para download na net, mas o DVD original ainda se encontra a venda em algumas lojas virtuais, bem como pode ser descoberto em alguma locadora que você conheça.

Certamente se fosse refilmado hoje em dia, o final seria diferente, e com certeza, como é moda atualmente, geraria uma série de outros filmes mostrando as consequências dos atos dos personagens. Os quais, se nos permitirmos sonhar, seriam bastante interessantes dadas às possibilidades que se vislumbram desta alternativa.

O filme é a adaptação de um livro com o mesmo nome, lançado pouco antes do filme. Não cheguei a ler, mas o filme merece levar no mínimo uma nota 7.

Kirk e Spock, octogenários

O post a seguir não é meu. Mas eu não poderia deixar de citar, pela importância que estas pessoas possuem no cinema e pela contribuição para com a cultura pop. O post na verdade é do crítico de cinema Pablo Villaça do site Cinema em Cena, que eu admiro bastante. Estou copiando o post dele pois eu tenho a mesma opinião a este respeito, cada palavra citada abaixo encontra em mim a mesma impressão e inclusive temos as mesmas opiniões sobre os filmes e não citá-lo seria plágio. Ao post...


Embora não possa ser considerado um trekkie, já que não assisti a muitos episódios da série clássica na TV, sou um fã declarado de Jornada nas Estrelas em sua encarnação cinematográfica - não tanto da "Nova Geração", confesso, mas certamente da tripulação original da Enterprise. (Também gostei da versão de J.J. Abrams) O trio Spock-Kirk-McCoy, particularmente, sempre me fascinou através de sua dinâmica Razão-Impulso-Emoção, o que me fez desenvolver um grande carinho por seus intérpretes.
Pois esta semana, William Shatner e Leonard Nimoy se tornaram octogenários - o que não deixa de provocar um certo espanto, já que seus personagens permanecem cristalizados na memória cinematográfica coletiva como heróis joviais e repletos de energia. Bom, ao menos ainda os temos conosco, já que DeForest Kelley partiu para A Última Fronteira (aliás, sou um dos poucos admiradores do filme dirigido por Shatner) há inacreditáveis 12 anos, poucos meses antes de completar, ele próprio, as oito décadas de vida agora alcançadas por seus colegas de tripulação.
Vida longa e próspera a estes.


sábado, 26 de março de 2011

Imagens

A revista Empire, quando completou 20 anos, teve uma idéia brilhante! Convidou alguns atores que protagonizaram filmes famosos a irem até um estúdio e tirar fotos de certa forma comuns, bem vestidos e tal, mas que de certa forma, relembrassem alguns destes filmes famosos. Você consegue identificar todos eles?

Jogo sobre cinema

Quiz bem legal para entreter seu final de semana.
Descubra qual o filme mostrado na imagem e escreva o nome dele como foi lançado no Brasil.
São duas rodadas de imagens:
Na primeira fui mais ou menos, acertei 16 de 30. Já no segundo, acertei 26 de 30.

http://rachacuca.com.br/movie-quiz/

E vc?

Neste você somente precisa marcar a alternativa correta. Mas o nome do filme deve ser o original em inglês. Acertei 8 de 10.
http://www.quiztron.com/tests/know_90s_movies_quiz_10354.htm

Temos também de descobrir o filme através da música. Ainda não fiz todo, mas das primeiras 10, acertei todos:

http://www2.uol.com.br/flashpops/jogos/flashpops.shtml

sexta-feira, 25 de março de 2011

Formatos de tela

Gente!
Quero pedir desculpas a todos os que já leram este blog antes, por este post não ter sido o primeiro. Afinal ele é o mais esclarecedor de todos.
Como basicamente falamos de filmes e seriados aqui no blog, nada mais justo do que um post técnico e elucidador. Antecipo que será de uma forma resumida e com poucas nomenclaturas técnicas, assim poderá ficar bem interessante para todos.
A cultura do cinéfilo brasileiro, aquela pessoa que realmente gosta de filmes e de cinema em si, foi sabotada durante muitos anos por distribuidoras de filmes e locadoras.
Quando o mercado de home-vídeo despontou no Brasil, no começo dos anos 90, e se tornou um grande nicho de dinheiro para quem teve visão, os idealizadores optaram pelo caminho mais fácil. Analisaram o mercado doméstico e o que encontraram?
Em sua grande maioria as casas possuíam apenas um ou no máximo dois aparelhos de TV, em sua maioria pequenos, entre 14" e 20". Optaram então por criar o mercado rental (para locadoras) que fosse adequando-se aos equipamentos que haviam nas casas dos consumidores, ou seja, filmes com formato de tela quase quadrados (4x3) que ocupavam toda a tela das TV's de então. Mesmo com o aparecimento de TV's maiores isso não mudou. Quando da chegada do DVD, a indústria no exterior começou a lançar os filmes no seu formato correto, mas ao serem lançados no Brasil, isso era diferente. Os filmes eram mutilados aqui para ficarem no formato 4 x 3, o preferido do público das locadoras (eles preferem tela cheia e filmes dublados, eca).
Acontece que a história nos ensina que nem sempre a indústria escolhe o melhor para os consumidores.

O cinema nasceu há mais de 100 anos, com os irmãos Lumiere. Os filmes daquela época até a década de 50 foram todos feitos neste formato de tela, chamado 4 x 3, onde temos quatro medidas de altura por 3 medidas de largura. Se cada medida for de um metro, a tela seria de 4 metros de altura por 3 de largura. Porém nos anos 50 uma outra invenção surgiu, a Televisão, que nasceu com o mesmo formato de tela que o do cinema. Neste momento os chefões dos estúdios de cinema de Hollywood  perceberam que havia nascido um concorrente forte, que poderia finalmente retirar boa parte do público das salas de cinema. Um concorrente muito mais forte e poderoso do que o teatro.
O Mágico de Oz, 1939

O cinema já possuía cores, mas apenas isso não seria suficiente para manter o público cativo. Criaram então o Cinemascope. O formato de tela diferenciado, muito mais largo do que o anterior, criado com um formato muito mais agradável, da mesma forma como enxergamos o mundo, em formato panorâmico. Essa foi a grande jogada. E em 1954 o filme The Robe (O manto sagrado), foi o primeiro a ser filmado em cinemascope.

Então, quando você compra ou aluga um filme, é interessante verificar se ele está no aspect ratio correto, pois foi desta forma que o diretor do filme o idealizou. Se a tela do cinema é retangular, como é que o filme consegue preencher toda a tela de sua TV antiga que é quase quadrada??? Mágica?
Não, muito mais simples, a imagem do filme é simplesmente cortada em um formato que se adapta a sua TV, mesmo que para isso você perca partes da imagem. A matemática é simples. Vamos ver...
Você vê o filme assim:

Porém  pela lógica, se o filme foi feito para o cinema, ele não caberia na tela de sua TV. Simplesmente por uma questão geométrica que as crianças aprendem na pré-escola. Não pode e pronto. Não funciona desta maneira. Um retângulo não cabe dentro de um quadrado.

A proporção dele é aproximadamente esta:


Então, para visualizar o filme da maneira correta, uma boa produtora diminui o tamanho do filme para enquadrá-lo totalmente sem que hajam perdas de imagens e informações:


Nesta apresentação acima, aparecem barras pretas acima e abaixo da imagem, simplesmente pois não há imagem ali e nada para ser mostrado.
Se você possuir ou adquirir uma TV no formato Widescreen, no formato 16 x 9 a imagem ficará preenchendo toda a tela, ou dependendo do formato em como o filme foi feito poderão ainda existir pequenas barras pretas acima e abaixo, pois existem outros formatos ainda mais largos do que o cinemascope. Existem vários formatos diferentes, os mais comuns podem ser vistos abaixo:


Note que está representado acima tudo aquilo que se perde de imagem quando se assiste um filme no formato incorreto.
Um caso clássico acontece em um filme muito famoso, Ben Hur. Já o assisti várias vezes, em DVD e na TV aberta. Há uma cena onde o protagonista conversa com outra pessoa e ao lado deles aparece um mendigo na calçada. Enquanto eles conversam passa alguém e joga uma moeda ao mendigo que a derruba e a fica procurando. Quando o filme passou na TV, ouvimos o barulho da moeda caindo, os resmungos do mendigo, as personagens no centro da tela olham para o lado para ver o que acontece, mas não aparece nenhum mendigo na TV e muito menos a moeda. Ou seja você perde informações do filme.
Quando um filme é filmado na proporção 2.35:1 um dos formatos mais populares no cinema, a perda é muito maior quando o filme é mutilado, veja a comparação abaixo:
Clique na imagem para ver as diferenças


O pior é quando você compra um filme assim. Se ele é antigo e foi filmado neste formato você não perde nada do que o diretor idealizou para cada uma das cenas. Mas se for um filme recente em que a produtora fez a "mutilação da tela" você estará perdendo informações. E pior. Quando for assistir ao filme em uma TV no formato Widescreen (cedo ou tarde você terá uma) verá barras pretas nas laterais da imagem, como na imagem acima, e com um agravante, é que ali naquelas barras pretas laterais deveriam haver imagens que foram cortadas pela produtora. Portanto prefira sempre assistir filmes no formato de tela correto.



quinta-feira, 24 de março de 2011

Séries para hoje

Hoje é dia de assistir seriado americano.
Como a grande maioria daqueles que eu costumo assistir está em intervalo, preparando-se para as final season,   um dos que fez a parada em outro período e está de volta é The Event.

A série começou com muito suspense, candidatando-se ao posto de sucessora de Lost que havia terminado pouco antes de sua estréia.
Esta foi a sinopse divulgada antes da estréia da série:
Um presidente que não admite mais ficar sem saber sobre as operações secretas da CIA; um diretor da CIA que acredita que certos segredos devem permanecer longe dos olhos do público - especialmente uma prisão escondida no meio da neve. Quem são esses prisioneiros e o que eles podem revelar de tão importante para o resto da humanidade?   Prestes a fazer a grande revelação para o público sobre os misteriosos prisioneiros, a Casa Branca sofre o que parece ser um ataque. Será que estamos lidando com uma conspiração?   Em outro cenário, um casal de noivos é separado bruscamente com o desaparecimento da garota durante uma viagem de férias. Agora o rapaz é acusado de terrorismo. Quem está dizendo a verdade? Como essas situações tão diferentes estão interligadas?   O que é o Evento? Essa é uma pergunta que promete ficar um bom tempo na cabeça dos fãs dessa nova série e ficção científica e mistérios.

Logo no primeiro episódio acompanhamos o presidente americano, um latino, Elias Martinez tomando suas atitudes quando descobre segredos que eram ocultos até mesmo dele. Vemos um jovem Sean Walker ter sua namorada sequestrada, ser incriminado e jogado no meio de uma conspiração que nem ele entende. Vemos eventos estranhos acontecendo e os ingredientes para um substituto ao fenômeno Lost parece haver surgido. Porém no decorrer dos demais capítulos a série perde o fôlego, revela logo no segundo episódios aquele que poderia ser seu maior trunfo e acaba virando apenas mais uma série de ficção a ir ao ar na TV americana. Antes do previsto acaba sendo interrompida, por vários meses e agora retorna. Revigorada, com uma mudança de rumos. Agora sim, mais interessante, com mais promessas, mais pé no chão e sem almejar o trono que pertenceu a Lost, e que talvez hoje seja mais justo dar a Fringe do que a qualquer outra. The Event desde que voltou do intervalo melhorou muito, tem estado mais tensa e por muitas vezes seus episódios acabam com aquela tensão que tínhamos ao final de qualquer episódio de 24 Horas, onde abandonávamos Jack Bauer em uma situação preocupante. Finalmente acredito que The Event possa se tornar uma série ainda melhor, mas isso tudo dependerá de como encerrará o ciclo desta primeira temporada. Pela história até aqui revelada, eu imagino que até umas 3 ou no máximo quatro temporadas ela consiga ser bem desenvolvida, mais do que isso, seria apenas enrolação. Se os produtores forem espertos, deve ficar dentro desta previsão, se a audiência lhes der esta chance é claro. Eu já estou contribuindo com minha parcela.

PS. Não vejo a hora de setembro chegar para assistir a nova temporada de Dexter, a melhor de todas as séries da atualidade na minha opnião. Apesar de a última temporada, a quinta, ter sido a mais fraca ainda possui muito crédito por todas as aventuras e emoções que já proporcionou!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Acima o teaser trailer de um dos filmes que aguardo para o próximo semestre. O trailer foi lançado hoje e a expectativa é um excelente filme. Nada de superlativo, apenas um filme bastante fiel às origens e com um pé bem firma no realismo. A previsão de estréia no Brasil é 29 de julho.
Outro que espero com bastante ansiedade é o trailer do Poderoso Thor. Este sim, superlativo, grandioso e com tudo o que esperamos para ser um filme acima da média. Pelo menos é o que promete o trailer.

Bem, como joguei futebol hoje, e tem jogo do glorioso na TV, meu post será bem curtinho.
Apenas gostaria de comentar que hoje foi o dia em que desisti de um dos, muitos, seriados que acompanho. Apesar de ter gostado do seriado No Ordinary Family, o mesmo não engrena nunca, fica sempre na promessa de uma trama melhor, de um envolvimento mais profundo, de temas mais complexos a explorar. Funcionaria melhor como sitcom (22 minutos) do que como série regular (42 minutos, lógico que existem mais diferenças, mas quero frisar na duração), assim não enrolariam tanto em um mesmo episódio. Apesar de ótimos atores, estou ficando por aqui no acompanhamento desta série. Pelo menos terei mais tempo para colocar os filmes em dia, que ainda tenho muitos atrasados por ver, outras séries a colocar em dia (Fringe, The Big Bang Theory, Supernatural).
Boa noite, e  vamos ao futebol...
Será que vai sobrar tempo para organizar os filmes?

Morre Elizabeth Taylor aos 79 anos



Morre Elizabeth Taylor aos 79 anos


Atriz estava internada em Los Angeles havia seis semanas.
Famosa pela beleza, ela enfrentava quadro de insuficiência cardíaca.


No filme Cleópatra

Atriz foi a primeira a superar um salário de 1 milhão de dólares para mulheres no cinema

Nascida em Londres, Elizabeth Rosemond Taylor voltou com os pais, norte-americanos, para os Estados Unidos em 1939, pouco antes do início da Segunda Guerra. Sua carreira começou aos 10 anos, quando foi descoberta e estrelou seu primeiro filme, There´s One Born Every Minute (1942). Sua carreira meteórica teve seu auge em 1963, quando foi a primeira atriz a alcançar um salário de 1 milhão de dólares. O patamar, até então impensável, veio com o caríssimo épico Cleópatra.
Ao longo da longa carreira teve cinco indicações ao Oscar, ganhando dois: Disque Butterfield 8(Butterfield 8, 1960) e Quem tem Medo de Virginia Woolf? (Who´s Afraid of Virginia Woolf,1966).
Além do talento, Elizabeth Taylor era também conhecida pelos inúmeros casamentos e divórcios. Foram sete. A atriz morreu cercada por seus filhos.

terça-feira, 22 de março de 2011

Colecionar...

Acredito que colecionar seja uma das coisas mais comuns entre muitas pessoas. 

De figurinhas de chicletes a carros importados, os colecionadores existem em diversas escalas e em todo o mundo. Há também quem não sinta a menor necessidade disso, e há os que não vivem sem. Com certeza devem haver estudos de casos sobre o assunto, TCC's, reportagens diversas, mas nem sempre as mesmas refletem a nossa realidade.

Me considero um colecionador de longa data. Geralmente daquilo que chamamos atualmente de cultura pop. Me lembro dos anos 80 onde o sucesso na TV era o desenho animado dos Superamigos (reprises, é claro) que passavam na Globo (único canal que conseguia sintonizar em Uruguaiana), canal brasileiro, diga-se de passagem, pois além dele, na TV, somente o ATC da vizinha Argentina, onde acompanhava o seriado O Super-Herói Americano, clássico dos anos 80, inesquecível. Também era sucesso aos sábados a noite no programa "Primeira Exibição" o seriado O Incrível Hulk, em seguida, aos domingos a tarde foi a vez de O Homem Aranha. Seriados toscos se revistos hoje, mas com saudosismo para quem acompanhou na época. Graças à eles, a Editora RGE (se não me engano) lançou álbuns de figurinhas dos dois seriados. Os quais ganhei do meu pai na época. Devia ter uns 8 anos ou 10 anos. Lembro com saudade que era uma emoção na época em que não existia internet, nem canais de TV de documentários e revistas especializadas, descobrir mais sobre os personagens que acompanhava pela televisão. Na época eu nem sabia que eles eram adaptados de histórias em quadrinhos, as famosas revistinhas de então. Pois bem, foram meus primeiros colecionáveis. Os álbuns e as figurinhas duraram anos, me acompanharam por muito tempo, até que acabei me desfazendo deles de forma que nem me recordo.
Não sei se foi isso ou não, mas a partir daí comecei a colecionar coisas, bugigangas. Teve uma época que se colecionava até carteiras de cigarros, as da marca hollywood (oliú pronunciavam na época) eram as mais cobiçadas, é claro que eu também colecionei. Vieram outros álbuns. O da copa do mundo de 1982, com o mascote Naranjito era clássico e praticamente todos os colegas de aula possuíam. A troca de figurinhas nos recreios corria solta. Daí em diante, qualquer novo lançamento era motivo para colecionar. Lembro de um fato engraçado, quando foi lançado um álbum de figurinhas sobre selos de cartas. Muita gente coleciona selos e os que valem a pena serem colecionados são caríssimos. Como na época dependia de meu pai e era muito novo para trabalhar, além de o dinheiro da família muitas vezes ser contado, nem cogitava tal coleção. Mas, mesmo com pouca grana, o álbum e alguns pacotes de figurinhas estavam ao alcance. Pois não é que na mesma época houve um amigo oculto na escola. Estudava em escola particular, com bolsa, mas participava das mesmas coisas que os demais. O colega que eu havia sorteado queria justamente este álbum de presente. Por mais que tenha sido difícil, acabei comprando o álbum para presenteá-lo, junto com vários pacotes de figurinhas. Mas não resisti e colei todas. Entreguei o álbum com muitas delas coladas. Ele até estranhou e eu respondi que colei para testar se eram autocolantes ou se precisaria de tenaz. rsrsrs
Nesta época, ou um pouco mais a frente (1985 na verdade), tive contato com as hq's de uma forma especial. Já havia folheado algumas, mas ou mal sabia ler ou a cronologia me impedia de me interessar mais. Pois caiu em minhas mãos (emprestada) a famosa e cobiçada Grandes Heróis Marvel (GHM) número 7, de fevereiro de 1985. Na época acho que era lançamento  ninguém imaginava quão rara ela se tornaria, pois trazia aquela que foi considerada na época como uma das melhores história em quadrinhos até então. Inclusive a capa usa este apelo. É o final da saga da Fênix Negra. Nas primeiras páginas  havia um resumo da história até aquele ponto, tornando a leitura mais fácil para quem não a acompanhava antes. A história, para quem a conhece, é uma das melhores da dupla Claremont e Byrne nos X-Men e foi responsável pelo seu sucesso editorial. Dali em diante os mutantes estouraram em termos de vendas. E eu, claro, fui conquistado. Virei colecionador e marvete naquele instante.
Comecei uma coleção, que além de muitas aventuras imaginárias, me renderam ótimos e grandes amigos com o mesmo gosto que cultivo até hoje. O meu grande amigo Jesus Nabor é um deles, colecionador e apaixonado por quadrinhos até hoje. Possui loja de quadrinhos e afins em um Shopping Center em Santa Maria, RS, falarei mais sobre ele e outros amigos em posts futuros. Cheguei a ter centenas, talvez mais de mil "revistinhas". Dos X-Men, meus favoritos, conquistei a honra de haver conseguido TUDO o que foi publicado deles no Brasil, em revistas e histórias próprias e até de simples participações deles em aventuras de outros heróis, um orgulho no ramo;  além de muitas revistas importadas da Espanha por intermédio do Jesus. Mal tinha onde guardar. O formatinho, na época, se ajustava muito bem em uma caixa de sapatos. E eu tinha dezenas. Durou muitos anos. Na verdade só parei uns 2 anos após me casar, lá pelo ano 2000, quando minha filha estava prestes a nascer. Recém casado, com casa por terminar, sem espaço para guardá-los, imaginei que ela daria um fim nas maravilhas em formato de papel quando começasse a engatinhar e acabasse encontrando elas pelo caminho. Foi o momento de me desfazer delas. Mas tenho muitas histórias a contar a respeito.


Paralelamente aos quadrinhos, desenvolvi o gosto por filmes. Todo domingo era sagrada a ida à matinê no cinema. Na década de 80 em nossa cidade, no Cine Pampa, pois o Cine Avenida havia fechado havia alguns anos, era dia de sessão dupla, quase sempre um dos filmes era de Kung Fu, devido ao sucesso do seriado Faixa Preta (Kung Fú, com David Carradine) que havia substituído o Incrível Hulk nas noites de sábado. O outro filme, variava muito, de lançamentos a reprises de sucessos passados. Muitos clássicos assisti naquelas matinês, fosse em lançamento ou em reprises, comuns naquela época. Star Wars, Indiana Jones, E.T., Tubarão, De volta para o Futuro, Superman, O Garoto do Futuro. Muita coisa boa. Muita gente hoje adoraria poder rever alguns deles na telona do cinema.

No começo dos anos 90, acho que em 1991, meu pai comprou nosso primeiro vídeo cassete. Novidade eletrônica e caríssimo na época, foi adquirido através de consórcio, em 24 parcelas. Era caro mesmo e muitas locadoras alugavam também o aparelho, facilitando o acesso da população não tão abastada. Mas foi uma grande realização. Muito mais para mim do que para ele. Garoto novo, meio nerd (nem existia o termo na época), mas sem óculos; evangélico, portanto não frequentava bailes e nem bebia, o sábado era a festa do cinema em casa. Era comum locar 5 ou 6 filmes no sábado a noite e varar a madrugada assistindo um filme atrás do outro. Houve uma época em que alguns amigos me acompanhavam na aventura e a bagunça era generalizada. A garagem foi nosso cinema muitas vezes, afinal que pais aguentariam uma turma de amigos conversando, comentando filmes e gargalhando juntos por toda a madrugada?  As vezes quando o sono era maior, acabava deixando um dos filmes para o domingo a tarde, quando não tinha matinê ou o filme era ruim no cinema. Não demorou muito para começar a desbravar a arte de gravar filmes, da TV ou copiar fitas usando outro videocassete junto. Robocop (de 1987) foi um dos primeiros que gravei. Afinal, a época era propícia. Até as locadoras alugavam filmes piratas. Os originais demoraram a chegar no Brasil. E aí começou minha coleção de filmes. Mas era bem mais limitado. As fitas eram grandes, mofavam com o tempo, a qualidade de imagem não era boa, o som era deficiente, fita ruim ou muito utilizada enrolava. Mais a frente os clássicos Disney foram os primeiros filmes que vi para vender para consumidores finais, mas era caros e não comprei nenhum. O único original que comprei foi do filme Titanic (1997) em 1998 se não me engano, em uma viagem. Depois algumas fitas de usadas vendidas por locadoras que compravam várias cópias aumentaram a coleção.

Quando chegou o DVD, foi uma evolução natural. Mas assim como o vídeo cassete, chegou no Brasil custando caro para a maioria das pessoas. Comprei o meu primeiro em 2001. Um CCE modelo 2100 que vinha com 10 títulos em DVD de brinde. Escolhido a dedo, pois era um dos únicos que reproduzia arquivos MP3 nesta época. Melhor que muitos Sony e Pioneer. Custou R$ 799,00. na verdade não gastei nenhum centavo nele. O ganhei em uma negociação envolvendo a troca de um drive de CD para computador da marca Plextor, os melhores para copiar jogos com travas, remanescente da minha época de pirata de computador (mas isso renderá outra história).
Último a chegar

De lá para cá, foi apenas consequência. Sempre querendo evoluir, melhorar os equipamentos de aúdio e vídeo. A TV de 42" foi um sonho que demorou a se realizar, o Home Theater então foi uma novela, mas enfim, as memórias de hoje nem são sobre equipamentos, mas pelo prazer de colecionar. Possuo aproximadamente 350 DVD's de filmes e seriados, contando as caixas com temporadas completas como um único título, em torno de 25 Blu-ray's escolhidos sempre "a dedo". Afinal, só vale a pena colecionar aqueles que gostamos  e sabemos que iremos querer rever. As vezes quando um amigo chega em casa, outras vezes vontade de assistir apenas uma cena, uma sequência, ter uma recordação, uma lembrança... e a paixão pelos filmes e seriados parece ter vindo para ficar. Algumas Action Figures (bonecos de personagens) também ilustram a coleção. Com o auxílio da internet, colecionar e fazer negócios com outros colecionadores ficou fácil. Muitas amizades distantes, listas de discussão através de e-mails, fóruns especializados, blog's, sites sobre cinema e TV, enfim, nunca foi tão fácil colecionar e se manter informado.
Ainda chego neste nível!
Você também coleciona ou colecionou algo? Coloque suas opniões nos comentários do blog se desejar e participe desta troca de idéias, "entre amigos"!

Boa noite a todos.


PS. Ontem a noite assisti Toy Story 3, por recomendação de minha esposa e filha que já haviam assistido e eu deixei para ver em outra oportunidade. Simplesmente emocionante. De levar às lágrimas quem acompanhou a história destes personagens. Wood, Buzz, Jessie, Rex e todos os demais são cativantes. Parecem existir mesmo. Chegamos a imaginar que em algum momento, se formos rápidos e sorrateiros, poderemos vê-los em suas aventuras no quarto de brinquedos de nossos filhos. Demorei a prestar atenção neles. Na época do lançamento do primeiro filme, nem me dei ao trabalho de assistir. Só vi depois de muito tempo, junto de minha filha. Foi paixão a primeira vista. Brinquedos, mas humanos. Fantasia, mas real. Sonho, ainda que realidade em nossas mentes. Assim como Andy, dei o valor a eles quase no crepúsculo, mas nunca tarde demais. Deixe a criança que vive em você se emocionar, sonhar, brincar, ser feliz e se despedir desta turma maravilhosa. Um final digno da trilogia. Nota 10!