Nunca escondi de ninguém que eu sempre tive uma queda por
filmes de vampiro. Mesmo quando era pequeno e os filmes me deixavam com medo
após assistir.
Dos que assisti, alguns dos melhores são: Drácula (1931) o
clássico, Drácula (1979) este com a inesquecível cena do bebê sendo salvo na
tumba, Fome de viver (1983) com a bela Catherine Deneuve, A Hora do Espanto
(1985), Os garotos Perdidos (1987), Quando chega a escuridão (1987), Drácula de
Bram Stoker (1992) talvez o melhor de todos, Entrevista com o Vampiro (1994)
também impecável, e mais recentemente a grata surpresa Deixe ela entrar (2008).
Quem, assim como eu, sempre gostou de acompanhar as
histórias dos chupadores de sangue deve ter tido dezenas de decepções com os
filmes medíocres que foram feitos neste tempo. Para cada filme bom que foi feito,
pelo menos uns 10 ruins o seguiram. Para cada “Deixe ela entrar” uns 10 “Crepúsculo”
são feitos. Alguns medianos e outros mais trash do que qualquer coisa.
Pois eu que sempre me interesso, ao menos saber do que se
tratam os filmes sobre o gênero, acabei me deparando com este filme alemão de
2011 e resolvi baixá-lo para conferir.
Sinopse:
Certa noite, Lena, uma garota de 18 anos, é mordida por
Louise, líder de um trio de vampiras. Seu novo estilo de vida é por vezes
benção e uma maldição. Inicialmente, desfruta da liberdade sem limites, o luxo,
as festas. Mas logo os instintos assassinos pelo desejo de sangue de suas
companheiras se torna um pesadelo para ela, ao mesmo tempo que se apaixona
perigosamente por Tom, um policial. Agora Lena terá que escolher entre o amor
imortal e a vida imortal.
Domingo pela manhã,
para muitos amigos e conhecidos, é dia de assistir ao Esporte Espetacular
(depois de vencer o sono, é claro). Não para mim, domingos pela manhã em casa,
após acordar, se não tiver nenhum compromisso, é o momento ideal de colocar
filmes e séries em dia. Ou de conferir aqueles filmes que não são tão
conhecidos e dar uma chance de assisti-los. Assim foi com este filme até então
desconhecido. Resolvi baixar e colocar para rodar. Se os primeiros 15 minutos
me convencerem, o assisto até o final. Aqui está o resultado.
Lena (Karoline Herfurth, de “Perfume – A História de um Assassino“) é uma jovem desajustada
e perdida. Abandonada pela mãe solteira e sem objetivos de vida, ela ocupa seu
tempo entre pequenos roubos e momentos de depressão. Depois de perseguida pelo
detetive Tom (Max
Riemelt), a garota é assombrada por Louise (Nina Hoss), que vê em seus olhos a falta de
perspectiva, um requisito essencial para a nova condição.
A jovem é mordida no banheiro
de uma balada e passa a seguir a cartilha dos recém-vampirizados do cinema: intolerância à luz do sol, fome não saciada pelos alimentos comuns e pesadelos.
Ela procura sua algoz e conhece o restante do grupo: Charlotte (Jennifer Ulrich, de “Meninas Não Choram“), monossilábica e presa ao início do século
passado, e a inconsequente Nora (Anna
Fischer), que aparenta ser uma adolescente, com seu jeito inconsequente.
Vampiras e donas da boate |
Após a transformação, Lena entra em conflito sobre sua
natureza, a obrigação de matar e a atração que sente pelo detetive. Algo não
aceitável pelo grupo de vampiras, pois os homens são apenas objetos de diversão
passageira e responsáveis pela quase destruição das criaturas da noite. Aqui
está a melhor ideia do roteiro: não existem varões nessa raça, pois os
homens não sabem agir com cautela suficiente para esse ofício. Além de
feministas, as garotas entendem que sua sobrevivência depende da discrição e do
auto-controle.
Além desse
conceito curioso, outro ponto positivo de “AS DONAS DA NOITE”
está na condução e dinamismo da narrativa. O espectador se sente atraído pelas
personagens, querendo saber qual será o próximo passo, como aquilo tudo será
resolvido. Ainda que você acredite que o amor está ali no enredo, ele não
aparece. As mortes e o sangue preenchem qualquer possibilidade de imaginar uma
história “romântica“, mesmo que os clichês estejam
sempre presentes.
Sem usar a palavra “vampiro” durante o filme inteiro, vale a pena conferir essas
belas vampiras em cena. Não é uma obra-prima, apenas um bom filme sobre o velho
tema, uma produção interessante e bem feita para os apreciadores do gênero,
sedentos por boas opções.
Cabe ressaltar que apesar de uma produção modesta, sem
grandes investimentos, o filme não decepciona. Os poucos recursos foram muito
bem empregados e nos entregam excelentes sequências e cenas muito bem pensadas.
O final nos deixa com esperanças de que poderemos, em algum
futuro, ver novamente este universo que foi apresentado no filme. Afinal,
sementes para isso, estão espalhadas durante todo o decorrer da aventura.
Um destaque especial para a cena de abertura do filme, onde
em um avião em pleno voo, com o piloto automático ligado, é claro, as nossas
personagens são apresentadas em um longo banquete, nos levando a imaginar que a
ideia foi muito bem conduzida, um certo tom de originalidade e uma tirada de
mestre. Esta primeira cena inicial foi o que me conquistou e me fez assistir ao
filme inteiro. Infelizmente eu o baixei em qualidade DVDRip, mas com certeza
estarei procurando um release em alta definição para manter por perto no HD portátil.
Leva uma nota 8 e com louvor.
Release baixado: As.donas.da.Noite.Dual.BDRip.avi
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