Sabe aquele jogo de tabuleiro? Aquele onde se atira em
navios baseado nas coordenadas do tabuleiro? No estilo “fogo no quadrante D7”?
Pois é, fizeram um filme em cima desta ideia. Na verdade, ideias é o que tem
faltado em Hollywood ultimamente. A Hasbro, detentora dos direitos de
brinquedos populares nos anos 80, como Transformers e G.I. Joe, também é a dona
do jogo Battleship, conhecido no Brasil como Batalha Naval, então nada mais
natural do que tentar arrecadar um pouco em cima deste jogo também, afinal, ela
conseguiu com os anteriores.
Sinopse:
Alex Hopper (Taylor Kitsch) é um oficial naval do navio USS
John Paul Jones, comandado pelo almirante Shane (Liam Neeson). Alex é noivo de
Sam (Brooklyn Decker), filha de Shane, apesar de não ser bem visto por ele. Já
em alto mar, eles precisam unir forças com a tripulação do navio USS Samson,
comandado pelo irmão mais velho de Alex, Stone (Alexander Skarsgaard), ao
encontrar uma força alienígena desconhecida, que ameaça a existência da
humanidade. Um grupo de cientistas, comandados por Cal Zapata (Hamish
Linklater), e de especialistas em armas, como Cora Raikers (Rihanna), também
compõem a equipe. Acompanhando tanto o lado dos humanos quanto o lado dos
alienígenas, Battleship apresenta
a intensa disputa pelo controle da Terra.
A missão de transformar o jogo de tabuleiro em um
blockbuster americano não era fácil. Escolheram para isso o caminho fácil. Na
trama, a NASA descobre um planeta capaz de sustentar vida, já que tem massa e
distância a um sol semelhantes às da Terra. Envia então ao espaço um sinal,
disparado a partir de uma instalação no Havaí, lançado para dizer que
"estamos aqui". Anos depois, a resposta chega na forma de uma frota
enviada para nos exterminar. Mas os aliens escolheram uma má hora para nos
infernizar: a instalação fica justamente ao lado de uma das mais famosas bases
navais do mundo, Pearl
Harbor, que está abrigando um encontro internacional de Marinhas para
exercícios de guerra.
Seja sincero e diga se teríamos alguma chance |
A partir daí tudo é festa, quer dizer, desculpa para muita
ação, tiros, explosões e mutilações. Esqueça a coerência, a veracidade e a
história em si, é um filme de verão, blockbuster, para ser visto e curtido. Não
exija demais dele. Caso contrário você perderá o espetáculo visual e encontrará
os furos e falhas do roteiro que existem em abundância. Esqueça isso e terá um
filme excelente.
Efeitos especiais de primeira linha é o mínimo esperado para
um filme deste porte, com a missão de arrecadar o máximo possível. Coloque
alguns rostos conhecidos, como Taylor Kitsch que se destacou após John Carter,
a cantora Rihanna (sem muita função no filme), Liam Neeson para dar um ar de
filme bom e até o vampiro Eric de True Blood deu as caras no filme, acrescente
toneladas de CGI e tenha cenas empolgantes.
No decorrer do filme algumas cenas se destacam, como o
começo original em busca de um “burrito” galanteador, ou a cena mais original
ainda que presta homenagem ao jogo, utilizando uma criatividade inesperada para
recriar o formato original do jogo em plena era digital.
Batalha Naval |
Esqueça um pouco o patriotismo americanizado exageradamente
exaltado pelo filme, afinal, estamos falando de uma batalha em Pearl Harbor,
que há mais de 60 anos pede uma revanche em uma batalha. Aqui eles inclusive
colocam um navio japonês dentro da mesma situação apenas para mostrar a relação
atualizada, e minimizada, entre os antagonistas do passado. Eles até trabalham
juntos e aprendem um com o outro aqui.
No resumo final, um filme que não se leva a sério acaba se
tornando uma ótima diversão. E engrossa a lista daqueles famosos bons filmes
ruins. Admito que eu mesmo gosto muito de alguns filmes que geralmente são
massacrados pela crítica, mas que encontram um enorme público que sabe deixar
de lado muitas falhas e acabam cativados por aventuras como: Armageddon, Independence
Day, Godzilla, Transformers, O dia depois de amanhã; 2012, Invasão do Mundo: A
Batalha de Los Angeles e tantos outros. Confesso que o próprio Armageddon é o
meu favorito desta lista, que apesar de ter assistido no cinema, possuir o DVD
e o Blu-ray, sempre que o vejo em um canal de TV não consigo deixar de
acompanhar novamente.
Mas e o Battleship? Leva uma nota 7, sem dúvida.
Release
baixado: Battleship (2012) PROPER 720p BluRay x264-SPARKS
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