domingo, 19 de junho de 2011

Domingo de Star Trek

Nunca fui um “treker”, sempre fui mais fã de Star Wars.

Provavelmente pois foi Star Wars quem eu conheci no cinema, provavelmente pois quando era adolescente, devíamos ter apenas uma TV em casa e eu não tinha muita escolha no que assistir. Mas mesmo assim, sempre gostei e respeitei Star Trek. Assisti vários episódios do seriado televisivo, mas nunca cheguei a acompanha-lo fielmente e nem de maneira completa. Vi alguns dos filmes, mas não todos.
Mesmo assim foi com muita curiosidade e um certo temor que assisti ao filme pouco após seu lançamento em 2009. Afinal, estavam reiniciando uma franquia que é idolatrada por legiões de fãs. Mesmo eu não tendo um conhecimento vasto sobre a franquia, gosto dela o suficiente para torcer que não fizessem nenhuma besteira e que pelo menos se respeitasse o material original.
Pois hoje revi o filme.

E a impressão de 2009 se repete. O filme é fantástico. Muito bem feito, muito bem escrito, muito bem dirigido, muito bem interpretado e respeita muito o original.

O filme foi um acerto inesperado. Talvez um dos melhores filmes de 2009.
Para respeitar a franquia original (e intocável para os fãs) e ainda assim permitir novas histórias e novos horizontes, o diretor e escritor J.J. Abrams (Alias, Lost, Missão Impossível 3) usa de um artifício muito conhecido da ficção científica, a viagem no tempo.

Logo no início do filme temos momentos impactantes e ternos, com significado muito especial para quem conhece os personagens de outras aventuras. Quem não os conhece, não se sentirá perdido em nenhum momento, apenas perderá algumas referências e comparações. Quando a viagem no tempo de Spock e Nero, acaba gerando fatos desconhecidos do universo “treker” que acabam gerando uma realidade paralela, como é explicado em certo momento do filme. Isso permite que o futuro e as novas aventuras vindouras, sejam imprevisíveis e livres da necessidade de serem amarradas a história já conhecida e isso não é demérito algum.

Destaque aos atores principais que conseguiram viver personagens tão complexos e amados, sem comprometer e agradar a grande maioria do público e da crítica. Ver um James T. Kirk, um Sr. Spock, um McCoy e não sentir que é uma farsa, foi um mérito dos atores, principalmente de Zachary Quinto que ainda tem a ingrata, mas honrosa tarefa de contracenar com o Sr. Spock original em pessoa e não fazer feio. Apenas as cenas onde ele aparece já seriam suficientes para validar o filme, mas além disso tudo o que é construído no decorrer da história é relevante e elogiável.

Quem gosta do tema de ficção, espaço e aventura encontrará neste filme uma pequena obra-prima, com efeitos especiais competentes que nos mostram a U.S.S. Enterprise mais real do que nunca e uma aventura de tirar o fôlego e que nos faz dar créditos ao diretor para que venham novas histórias a serem contadas.
Merece ser conferido.

Leva uma nota 9 sem sombra de dívidas.

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