terça-feira, 21 de junho de 2011

Desconhecido

Assistimos neste domingo (eu e minha esposa) a este filme, com Lian Neeson, um ator que admiro muito e gosto de seus papéis, desde quando “apareceu” para o mundo cinematográfico em A Lista de Schindler até o seu maior destaque individual, Busca Implacável.

O filme não é nenhuma obra-prima e bebe de fontes já desgastadas (Trilogia Bourne em especial), mas com muito menos solidez e requinte. Em parte por ter tido um diretor inferior (Jaume Collet-Serra de A Orfã), mas ao final das contas o roteiro em si acaba bebendo de muitas fontes e acaba não favorecendo uma linha definida.

A sinopse nos diz: “Martin Harris (Liam Neeson) acabaou de sair de um coma de quatro dias, fruto de um acidente de carro em Berlim.  Ao acordar, descobre que sua esposa (January Jones) não o reconhece e, para piorar, existe um outro homem (Aidan Quinn) usando sua identidade. Ignorado pelas autoridades e na mira de assassinos, sua única chance de desvendar este mistério é contar com Gina (Diane Kruger), uma motorista de táxi que poderá ajudá-lo a provar que ele não está louco. Mas por que alguém iria querer a sua identidade?”

O que causou esse esquecimento de sua esposa, amigos e colegas de trabalho? Martin Harris não é quem ele diz ser mesmo? É em busca das respostas a essas perguntas que o personagem de Liam Neeson embarca numa jornada cheia de ação, de conspiração e de reviravoltas mirabolantes – e, em alguns casos, completamente desnecessárias.

O filme tem um começo bastante promissor, evoca um grande mistério e nos prende a atenção, porém em certo momento, talvez para deixar as revelações para o final, acaba alternando muitas cenas de perseguições e uma verdadeira caça de gato e rato que acabam quebrando a sequência do filme, para só nos trazer de volta bem mais adiante. Embora isso não leve o filme ao fracasso, acaba por diminuir seu impacto. Principalmente por no meio destas sequências haver algumas que são inverossímeis demais. A inverossimilhança é aceitável em determinados gêneros, pois um filme bem construído narrativamente transporta o espectador para o universo fílmico e certos absurdos tornam-se boas sacadas, ou são ao menos toleráveis. Neste caso, porém, não há o que tolerar quando em determinada situação Harris, quase sedado, consegue desamarrar-se e fugir do "vilão", no hospital lotado. Na sequência seguinte, o mesmo Harris apresenta-se inteiro e saudável. Pronto para continuar nas suas investigações. Ou então em outra sequência mais a frente, quando o nosso personagem, já cansado de tanto levar porrada de diversos outros vilões, acaba “lembrando-se”, de uma hora para outra, como é que se luta de verdade.

Mesmo assim o filme nos prende, seja para confirmar nossas suspeitas, seja para simplesmente descobrirmos como a trama se encaixará ao final. E ressalte-se de que Lian consegue ter sempre uma boa atuação, excetuando-se as falhas do roteiro, claro. Ele carrega o filme nas costas, pena que isso não seja o suficiente para torná-lo inesquecível.

Preste atenção para a participação da bela Diane Krueger no longa, a participação dela é a confirmação plena de que o longa bebeu na inspiração de A Identidade Bourne, aqui na participação de Franka Potente. A cópia fica bem evidente.

Na ausência de grandes filmes no momento, ele cumpre bem seu papel, nos prender a atenção por duas horas e ser lembrado depois como um daqueles filmes que farão sucesso quando passarem na TV aberta. 

Classifico-o com uma nota 7.

2 comentários:

  1. meu caro,
    assisti a pouco este filme. concordo com tua critica, é um filme apenas passável, nada mais que isto. Liam Neeson realmente tornou-se ( pelo menos para alguns ) um ator que carrega um filme.
    Agora, veja, Neeson não "surgiu" para o mundo em A lista de SChinddler. Já o haviamos notado antes em DARKMAN - Vingança sem rosto, e também no belo filme NELL.
    abraço, meu caro!

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  2. Boa meu caro.
    Nem me lembrava que ele havia participado do ótimo Darkman. Preciso ver este novamente.
    Abração!

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