terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Immortais


Carnaval é a época em que a TV aberta nacional mais padece. Além de normalmente já possuir uma programação péssima, nesta época ela decai ainda mais. Ao invés de manterem suas programações, as emissoras cedem espaço ao carnaval, tornando as opções de quem não curte este evento menores ainda. Ainda bem que não dependo da TV aberta para ter algum entretenimento televisivo.

Seja na TV fechada ou seja através de filmes e séries baixadas, posso fazer uma das coisas que mais gosto: fechar a sala, escurece-la e curtir filmes e séries. E nesta segunda-feira a noite resolvi ver Immortais. O novo filme do diretor Tarsem Singh, que sempre gostou de visuais diferentes e inovadores, como no seu filme que o projetou, a Cela, aqui não deixa por menos, com diversas tomadas cujas artes poderiam render muitas pequenas histórias.

Sinopse:
Grécia, 1228 A.C. O rei Hiperion (Mickey Rourke) está em busca do arco de Épiro, uma poderosa arma que pode matar até mesmo deuses. Para encontrá-lo ele conduz seu exército a todos os vilarejos, deixando um rastro de destruição. Theseus (Henry Cavill) vive tranquilamente em uma pequena vila encravada na montanha, ao lado da mãe e de um senhor (John Hurt) que é seu tutor desde quando era criança. O que Theseus não sabia era que o velho na verdade era Zeus (Luke Evans), o rei dos deuses, que vinha à Terra sob a forma humana por acreditar em seu potencial. Quando as tropas de Hiperion chegam à vila elas matam a mãe de Theseus e o capturam. No cativeiro ele está entregue à morte, mas recebe apoio de Phaedra (Freida Pinto), uma vidente que também está presa e teve uma visão em que Theseus empunha o cobiçado arco de Épiro.

Os motivos para ver este filme foram vários. Desde o meu interesse por mitologia, passando pela participação de Henry Cavill, que está filmando o novo filme de Superman.

O resultado é um filme morno. Apesar de ter muitas batalhas e muita violência, a parte mitológica do filme sofreu um descaso tremendo. Apesar de inúmeras referências presentes, em nenhum momento a história segue uma linha definida das histórias conhecidas. A coisa fica mais para uma colcha de retalhos permeada de referências do que um filme que adaptou uma história ou lenda grega.

Tome-se, por exemplo, a cena onde Teseu enfrenta o Minotauro. Uma cena desperdiçada do ponto de vista fantástico. Uma vez que se estabelece na história do filme que existem, deuses, poderes místicos, titãs e armas mágicas, não é possível entender o motivo que levou o diretor ou os roteiristas a deixarem a cena mais próxima da realidade, colocando o minotauro como um guerreiro gigante, talvez meio debilóide, utilizando uma armadura.  Um desperdício de uma cena que poderia ter sido inesquecível com a tecnologia atual. A cena em si é até bem feita, com uma boa carga dramática, mas totalmente dispensável no contexto do filme em relação à lenda. Neste ponto, muita coisa foi desvirtuada, o próprio Teseu entre elas, passando de um príncipe a um bastardo.

No geral, salvam-se no filme o visual e muitas batalhas, bem como efeitos especiais. O restante, esqueça. Tirando algumas cenas bem trabalhadas, o filme é como se fosse uma releitura de 300. Não por acaso o cartaz mais conhecido do filme traz estampado: “Dos produtores de 300”. Aqui apenas trocaram as Termópilas pela desesperada tentativa de conter o avanço do sanguinário rei Hipérion que deseja vingar-se dos deuses libertando os titãs aprisionados no Monte Tártaro.

Destaque-se a presença de Mickey Rourke muito a vontade no papel e algumas cenas que poderão ficar marcadas e temos mais um filme mediano bebendo de uma fonte inesgotável que é a mitologia grega.

Destaque aqui realmente fica para a imagem em alta definição do release que baixei e o poderoso som DTS, que literalmente faz a casa tremer. Ambos, som e imagem, de referência e qualidades impressionantes. Imagine quando sair em Blu Ray original, com trilha DTS HD. Quem quiser conferir a qualidade de uma TV de alta definição ou a potência de um bom Home Theater, este pode ser um bom filme para este fim.

Como entretenimento, leva uma nota 6,5.

Release baixado: Immortals.2011.720p.BluRay.x264.DTS-HDChina

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